(Foto: Reprodução/ Internet)

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A repercussão da morte da bancária Lilian Calixto, que faleceu após realizar um procedimento estético no bumbum, reacendeu a discussão sobre os limites da busca pelo corpo perfeito.

Lilian fez o procedimento com o o médico Denis César Barros Furtado, conhecido como Dr. Bumbum, que teve o exercício profissional cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF).  Denis, a namorada e a mãe dele, Maria de Fátima Furtado, foram presos no Rio de Janeiro quatro dias depois da morte de Lilian Calixto.

De acordo com o CRM, o médico era alvo de um processo ético-profissional devido a outras irregularidades. Segundo o órgão, os motivos da cassação não podem ser divulgados por “sigilo processual”. As infrações de Denis Furtado eram investigadas pelo conselho regional do DF desde março de 2016, quando ele foi alvo de interdição cautelar para o exercício da profissão. Essa medida, porém, foi suspensa três meses depois pela Justiça Federal em Brasília.

A advogada, membro da Comissão de Direitos Médicos, Sanitários e de defesa da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Goiás (OAB-GO), Nicole Araújo Soares explica que o médico pode ser indiciado por tentativa de homicídio.

“Estamos na fase de inquérito ainda, mas aparentemente ele será indiciado por tentativa de homicídio. Se ele tivesse feito o procedimento em um local inadequado, mas ainda assim uma clínica ou hospital,  ele não teria agido com tamanha negligência. No caso como foi em apartamento, sem estrutura, os responsáveis pelo inquérito apontam que é um caso de homicídio”, explica.

O secretário regional da sociedade brasileira de cirurgia-plástica, Leonardo Rodrigues da Cunha, ressalta que as pessoas precisam buscar orientação antes de fazer qualquer procedimento estético.

“Esse doutor bumbum não era cirurgião-plástico. Temos que procurar profissionais capacitados e qualificados. Através do site da sociedade brasileira de cirurgia plástica, as pessoas podem consultar os profissionais que são membros. Uma vez que o profissional é membro, isso diz que ele fez seis anos de medicina, dois anos de formação em cirurgia-geral e três anos de especialização em cirurgia plástica. São 11 anos de estudo”, alerta.

De acordo com a professora do curso de estética da Faculdade Cambury, Talita Silva Ramos, a univerdade precisa ter uma preocupação em relação à formação humana do profissional.

“Hoje existe uma banalização muito grande na área da estética. O que é vendido é que é uma área que não entra em crise, com procedimentos rápidos e fáceis. E não é bem assim, são anos de estudo. Nós precisamos ter essa preocupação com o tipo de profissional que colocamos no mercado. Enquanto instituição tem que haver cautela na escolha dos professores. Todas as instituições de ensino tem que ter essa preocupação”, avalia.

Para a fisioterapeuta dermatofuncional Ludmila Rabelo, hoje em dia é preciso tomar muito cuidado com as informações veiculadas nas redes sociais.

“Hoje em dia existe o acesso (à informação), tanto que esse médico foi encontrado pelas redes sociais. Da mesma forma que ele foi encontrado, as pessoas devem utilizar a informação da maneira correta. Outro termômetro também é o preço. Muitas pessoas buscam por promoções e o efeito instantâneo. Acham que é uma coisa simples e não é. A estética está diretamente ligada à vida”, esclarece.