A saída meio intempestiva da delegada Adriana Accorsi da chefia da Polícia Civil – ela já foi nomeada, na manhã desta sexta-feira (4), secretária de Defesa Social de Goiânia – deu início ao tradicional balcão de apostas sobre quem vai assumir o cargo de titular da Delegacia-geral. Nos bastidores da Polícia Civil, quatro nomes surgem neste primeiro momento: João Carlos Gorski, subdelegado-geral da Polícia Civil que assumiu interinamente o cargo; Rogério Santana, subsecretário de Segurança Pública e Justiça;Antônio Carlos de Lima, vice-presidente da Agência Goiana do Sistema Goiano de Execuções Penais (Agsep) e Darlene Araújo, superintendente do Procon de Goiás.

Gorski tem o apoio dos delegados mais jovens para permanecer no cargo. Ele daria continuidade ao modelo de gestão adotado por Adriana Accorsi, mas seu nome não agrada aos delegados mais antigos, que o veem como um “delegado não operacional” e “dedo duro”. À frente do serviço de inteligência da polícia, Gorski teria sido pouco tolerante em relação aos erros dos colegas.

A princípio, Gorski ocupa a cadeira até a chegada do governador Marconi Perillo, que está em viagem ao México. A escolha do substituto de Adriana Accorsi deve ser uma prerrogativa do secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, e o preferido do secretário seria o delegado Rogério Santana.

Um dos delegados mais antigos e respeitados na corporação ressalta que o próximo delegado-geral deve preencher alguns pré-requisitos: deve ser um delegado de classe especial e que tenha como primeiro objetivo motivar e melhorar a autoestima da corporação. Deve também ter uma boa capacidade de interlocução com o Judiciário e Ministério Público, mas em pé de igualdade, ressalta o delegado, que prefere não manifestar sua preferência para não incidir em ingerência.  

Titular da Delegacia Geral desde janeiro de 2011, Adriana Accorsi foi a primeira mulher a assumir a direção da Polícia Civil em Goiás. Ela saiu reclamando da falta de segurança no cargo por ser filiada ao PT. Accorsi também teria sido vítima de preconceito por parte dos delegados mais experimentados. Os mais antigos e alguns da classe especial não aceitavam ter como chefe uma mulher mais jovem, segundo apurou a reportagem da Rádio 730.

Reportagem: Jairo Menezes / Edição e Arte: Rafael Ceciliano


 

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