Há exatamente um ano o helicóptero da Polícia Civil de Goiás caiu e provocou a morte cinco delegados, dois peritos criminais e o acusado da chacina em Doverlândia. A tragédia ocorreu durante as investigações do crime ocorrido a 400 km de Goiânia, onde quatro pessoas foram assassinadas. Os policiais trabalhavam na reconstituição da chacina e estavam voltando para Goiânia. O acidente aconteceu na tarde de 8 de maio, em Piranhas, a 312 quilômetros da capital.

A secretária de Defesa Social, Adriana Accorsi que era diretora geral da Polícia Civil na época, também participava das investigações. Ela estaria no helicóptero, mas não viajou para tentar negociar o movimento grevista de policiais civis. Adriana lembra o fato com tristeza.

“Esses colegas não podem ser esquecidos, nós temos sempre que nos inspirar na dedicação deles, lembrar que eles morreram em serviço, trabalhando por nós, não só pela Polícia Civil, quanto pela população de Goiás. O sentimento é confuso, fico feliz por não ter ido, o Dia das Mães foi logo depois e eu vi como minha filha ficou, mas ao mesmo tempo tenho um sentimento de muita tristeza por ter perdido os amigos. Ainda fica aquela pergunta: por que isso aconteceu? Um colega foi no meu lugar para ajudar na investigação, a gente tinha um sentimento muito forte de descobrir o que tinha acontecido”, comentou.

Causas ainda não foram apontadas

As investigações a respeito da queda ainda não foram concluídas. Segundo o delegado geral da Polícia Civil de Goiás, João Carlos Gorski, ainda é necessário à conclusão dos laudos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, Cenipa.

“Nós esperamos saber o que aconteceu para tomarmos as providências. A Secretaria de Segurança Pública, a empresa levaram nossos pilotos para novos testes e aprimoramentos, mas até agora não temos uma conclusão do que realmente aconteceu”, ressaltou. O delegado disse ainda que não há prazo para a conclusão dos laudos do Cenipa, e lembrou que ainda é preciso tempo.

Estavam na aeronave os delegados: Jorge Moreira, Antônio Gonçalves, Osvalmir Carrasco, Vinícius da Silva, Bruno Carneiro, os peritos Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva e o responsável pela chacina de Doverlândia, Aparecido Souza Alves.

Com informações do repórter Samuel Straioto.