Na noite desta segunda-feira (23), a diretoria do Goiânia se reuniu no Grand Tulip Adress Hotel para apresentar à imprensa e seus torcedores a nova diretoria que irá cuidar do clube até 2020. O grande nome desta nova diretoria é o de Raimundo Queiroz, que levou o Goiás para a Libertadores e conquistou um terceiro lugar de Campeonato Brasileiro. No papel, ele será o novo superintendente do futebol do Galo mas, na verdade, Raimundo será o novo “homem forte do Goiânia”.

Se Raimundo Queiroz saiu do Goiás, o Goiás não sairá de Raimundo tão cedo. Tudo porque o novo superintendente do Goiânia anunciou que Amarildo Gonçalves irá chegar para cuidar do marketing do clube e prometeu novos nomes que são conhecidos na capital goiana.

“Meus agradecimentos ao Amarildo, que vai cuidar do Marketing e buscar recursos, assim como muitos outros “refugos” do Goiás, que virão comigo para o Goiânia”.

Raimundo também parabenizou o novo vice-presidente, Edson Oliveira Soares, que até pouco tempo era oposição ao presidente Arione José de Paula. Ele garantiu que a diretoria é de qualidade e que está dedicado ao novo projeto.

“Cumprimentar o Dr Edson por aceitar fazer a fusão da chapa (antigo opositor). Estaremos reunidos em um maior número e bastante qualificados. Quero estar ajudando e sempre abraçar a causa”.

Mas quem pensa que sua ligação com o Goiânia é de agora, se engana. Em seus discurso, Raimundo revelou que antes mesmo de começar sua carreira como vice-diretor da base do Goiás, comprou um “título” do Goiânia, mas sua intenção era de apenas jogar bola na Vila Olímpica pelo Galo.

 “Fico envaidecido lembrando de um passado, quando reuníamos no Goiás no inicio dos anos 80, quando cheguei como vice diretor da categoria de base, eu ficava admirado em sentar perto daquelas pessoas importantes, Valmir Rocha, Carlos Chaia, Hailé Pinheiro e Douglas Mas antes de comprar um título do Goiás, eu comprei do Goiânia, só para jogar bola na Vila Olímpica, nos anos 80.”

Para Raimundo, o Goiânia tem um potencial ainda maior do que o Goiás quando ele começou. O novo “homem forte” do Galo, citou as diferenças entre o seu início de trabalho no time esmeraldino e a situação do Goiânia no momento.

“Hoje eu vejo aqui com muito mais organização e com pessoas importantes. Nos reunimos lá, dentro das condições, em menor número e prestígio. Ali eu estava começando no Goiás com apenas um campo, onde jogavam todas as categorias de base e o campo era tão ruim quanto o do Goiânia hoje”.

Raimundo tem projetos a longo prazo para o Goiânia. Ele entende que o time não tem condição de fazer uma reestruturação total de forma imediata. “Hoje o Goiânia não tem condição de reestruturar toda sua organização, seu campo e os locais de treino. Mas dentro do que for possível, iremos melhorar o gramado, dar uma revitalizada nas escolinhas procurando aplicar uma condição de trabalho dentro, além de fazer uma parceria com a prefeitura de Aparecida de Goiânia e dar um maior destaque as categorias de base, elas que serão a nossa sustentação”.

Além de seus planos, Queiroz também revelou seus primeiros planos para o elenco que irá disputar a Divisão de Acesso buscando o tão sonhado retorno para a primeira divisão do Campeonato Goiano.

“Nós temos a Divisão de Acesso em julho, mas ainda não temos condições de ter uma categoria de base. A minha intenção é colocar os meninos para aproveitarem esses quatro meses e buscar mais garotos. Eu não posso dar garantia, mas não abro mão de subir esse ano, eu tenho certeza que tenho meios para trazer recursos, jogadores e dar condições para conseguir o acesso ainda em 2017”.

Raimundo também falou sobre suas conquistas ao longo desses anos no futebol nacional. Além do Goiás, ele trabalho no Vitória, Santa Cruz e Criciúma, onde encontrou antigos conhecidos do tempo de Goiás.

 “No Goiás eu revelei do Tulio Maravilha ao Aloísio Chulapa. O Erik também foi revelação das minhas categorias de base e isso ninguém vai tirar. Eu trabalhei no Vitória praticamente quatro anos, revelamos o Wallace (Flamengo), Anderson Martins, Elkeson, Victor Ramos eo Gabriel Paulista que foi vendido por 4 milhões de dólares para o Villareal-ESP. Quando cheguei ao Criciúma subi 14 jogadores da base para o profissional. Três deles são o Roger Guedes do Palmeiras, Gustavo do Corinthians e o Ezequiel do Cruzeiro”.

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