Livre do rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série A, o Goiás adotou uma postura um tanto quanto polêmica para a próxima rodada. O time esmeraldino enfrenta o Corinthians, pela 34° rodada da competição com o mando de campo, porém, não vai atuar no Serra Dourada. Para poder lucrar com a bilheteria do jogo, que envolve o time de segunda maior torcida no país, a diretoria do Goiás decidiu mandar o jogo na Arena Mangueirão, em Belém do Pará.

Muita discussão surgiu diante da decisão. Vale a pena jogar longe de casa, longe da sua torcida para ter uma resposta financeira maior? Pela atuação situação do Goiás, o presidente Sérgio Rassi pensa que sim. De acordo com ele, o fato de jogar longe de casa se deve a uma análise aprofundada, levando em consideração a média de público do Verdão em 2013 e em 2014. O cartola revela alguns dos números que o fizeram tomar essa decisão:

“Tenho dados aqui em mãos, comparando o público nos jogos do Goiás em 2013 e 2014. Contra o Santos em 2013: 25.238 pagantes; neste ano: 6.190 pagantes. Goiás e São Paulo em 2013: 24.789 pagantes, enquanto em 2014 foram 12.145. Vamos para times de menor expressão: Contra o Atlético Paranaense em 2013: 13.713 e agora foram 1.544. Tenho outras análises, mas vai tudo por esse rumo, uma diferença enorme”, expõe.

“Quando surgiu a oportunidade de mandar o jogo em Belém, que não teve nenhum jogo da Série A esse ano e por isso teria um grande chamamento, eu não pensei duas vezes. Lógico que é uma aposta, não temos certeza que vamos ter uma bilheteria recorde, mas achamos que valia a pena arriscar. Imaginamos que lá teremos muito mais público do que aqui, com esses índices catastróficos de público”.

Porém, em 2013, o Goiás disputou até a última rodada uma vaga na Copa Libertadores da América com um elenco mais atrativo, comandando pelo xodó esmeraldino, Walter. Por isso, o presidente justifica o fato de não ter tanto atrativo para o ano e revela que, por isso, as bilheterias acabaram se tornando a grande fonte de renda do clube para o ano de 2014.

“Ano passado vivemos uma ano de pujança financeiramente falando. Tínhamos muito mais receitas que agora, com patrocinador máster enchendo os cofres e outras receitas que reforçavam. Nessa temporada, a renda estava quase toda comprometida com dívidas passadas e ainda perdemos nossas maiores fontes de renda. Caiu muito a arrecadação, então, basicamente nos restou a lucrar com as bilheterias, apenas”, completa.