(Foto: Samuel Straiotto)
O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Harold Reimer, justificou em entrevista coletiva o motivo do pedido de afastamento do cargo. Segundo ele, o recebimento da bolsa teve uma “leitura imoral”, mas que tem toda tranquilidade em mostrar a “legalidade do procedimento”.
“Primeiro essa celeuma por conta da execução do Pronatec, assim essa leitura de que seria algo imoral, o recebimento da bolsa pelo reitor, embora nós temos toda a tranquilidade em mostrar a legalidade do procedimento. Em segundo lugar, o que me levou a pedir o meu afastamento, é que eu não vislumbrei, mas consegui estabelecer os canais de diálogo com o governo no sentido de, por meio da minha interlocução, consegui a suplementação orçamentária do orçamento da UEG para 2019” afirmou. “Tudo que diz respeito à universidade, sempre tem questões técnicas, mas também sempre tem questões políticas” concluiu.
Haroldo Reimer é um dos alvos de uma auditoria realizada pela Controladoria Geral do Estado sobre nome nomeação de familiares, sócios, amigos e o próprio reitor, em atuação no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Ele nega irregularidades e argumenta que para mais da metade dos participantes, foi feita uma seleção.
“Primeiro para 55% de todos os participantes do programa, foram feitos os processos seletivos, isso está devidamente documentado. Para a outra parte, houve as indicações conforme a expertise de cada um para exercer essas funções, para isso existe uma normativa interna que foi estabelecida no início da execução do programa e os executores tinham por obrigação de se pautar por essa normativa interna, que obedece a Lei Federal que instituiu o Pronatec, que estabelece a liberdade institucional de organizar a execução do programa devendo observar aquilo que já está fixado em lei”.
Em 2015, o reitor se autoproclamou coordenador mantenedor do programa. O pró-reitor de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantes, Marcos Torres, foi nomeado coordenador geral. Tanto Reimer quanto Torres teriam embolsado R$ 7,5 mil cada como bolsistas. Reimer argumenta o que será feito caso a auditoria constate irregularidades.
“Se porventura em algum contrato, em algum procedimento, for verificado que houve dano ao erário, a própria comissão investigadora ela já pode encaminhar para providências no sentido de ressarcimento do dano ao erário”.
Haroldo Reimer fica no cargo até domingo (31) e depois será substituído pelo pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Ivano Alessandro Devilla.
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