Foto: Rubens Salomão/Rádio Sagres730

O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Rafael Borges, que assumiu o cargo há cerca de um mês, disse em entrevista à Sagres 730, nesta quinta-feira (31), que a primeira medida à frente da universidade se deu em relação ao vestibular 2020. Segundo ele, trata-se da mais urgente das medidas, porque constatou que o Conselho Superior Universitário se recusava a convocar o certame.

“O vestibular estava sendo usado como uma forma de pressão e manobra política dentro da Universidade”, afirmou. “Há o cumprimento da decisão judicial, que manda demitir professores e irregulares e servidores, então a Universidade não teria condição de abrir vaga e turmas para a universidade no vestibular, porém os diretores, cujas turmas não seriam abertas, estavam usando o vestibular como forma de pressão. Eles tinham um discurso de que se não abrissem vagas no campus deles, não abriria para ninguém”, revelou. 

A UEG teve redução no número de vagas e turmas para o vestibular 2020, segundo Borges. “Seria irresponsável da Universidade abrir vagas em todos os cursos em um momento em que ela tem que demitir 50% da força de trabalho dela. A medida é um vestibular mais inteligente, um vestibular mais eficiente e o vestibular mais consentâneo com a realidade da universidade”, confirmou.

O reitor falou em um processo seletivo simplificado para novas contratações, mas ressalta que as demissões irão acontecer. “Não se trata de manter os servidores irregulares, esses a gente tem que demitir. Porém, tem uma margem dada pela decisão judicial de professores temporários que a gente pode contratar, um percentual em relação aos nossos professores efetivos. Então, nós estamos usando esse percentual para contratar nos campus onde serão necessários professores temporários”, ressaltou.

“O professor temporário que for contratado pela Universidade Estadual neste momento, será contratado para dar aulas. Com isso a gente consegue diminuir muito o número de professores temporários contratados”, comentou Rafael Borges sobre o fato de haver, na universidade, professores temporários com carga horária menor que a de docentes efetivos, e que esta será regulamentada.

Rafael Borges comentou ainda sobre a importância da pesquisa e extensão, e disse que esta será direcionada pelo professor efetivo da instituição. “A pesquisa e extensão vai ficar a cargo do professor efetivo, que é quem está construindo o nome da universidade e está ali comprometido com futuro da Universidade, porque ele vai ficar lá na universidade. Um professor temporário pode ficar legalmente um ano e mais um ano. Por isso, a pesquise tensão nesse momento estará por conta do professor efetivo”, confirmou.

Ouça a entrevista na íntegra

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