O deputado Odair Cunha (PT-MG), apresentou durante a tarde, o plano de trabalho do colegiado e as sugestões dos primeiros depoimentos que serão colhidos pelos deputados e senadores integrantes da comissão. A pedido dos integrantes da CPMI, o depoimento de Carlinhos Cachoeira foi transferido para o dia 15 de maio.
No programa de trabalho apresentado inicialmente pelo relator, o depoimento estava previsto para o dia 17 de maio. Na terça-feira (15), a CPI teria reunião administrativa para análise dos depoimentos já realizados. A sugestão foi inverter os dias para que a análise dos depoimentos seja feito depois da oitiva de Carlos Cachoeira.
Veja a lista de depoimentos:
8 de maio (Terça-feira)
Delegado da Polícia Federal (PF) Raul Alexandre Marques Souza, responsável pela Operação Vegas.
10 de maio (Quinta-feira)
Delegado da PF Mateus Rodrigues e procuradores do Ministério Público Daniel Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela Operação Monte Carlo.
15 de maio (Terça-feira)
Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
22 de maio (Terça-feira)
Jose Olímpio de Queiroga, Gleib Ferreira da Cruz, Geovani Pereira da Silva, Vladimir Garcez e Lenine de Sousa, acusados de integrar a organização de Cachoeira.
24 de maio (Quinta-feira)
Idalberto Matias, o Dada, e Jairo Martins, considerados “espiões” do esquema de Cachoeira.
29 de maio (Terça-feira)
Cláudio Abreu, ex-diretor da empreiteira Delta Construções no Centro Oeste, acusado de envolvimento no esquema de Cachoeira.
31 de maio (Quinta-feira)
Senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), flagrado em conversas telefônicas com Cachoeira e seus auxiliares.
Gurgel
O possível depoimento à CPI do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, motivou intenso debate entre os parlamentares. O motivo é que Gurgel disse que não aceitará o convite para prestar esclarecimentos na CPI . Ele alegou impedimentos de ordem técnica.
O procurador recebeu, na manhã desta quarta-feira (2), o presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB), e o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), que defendem a presença do chefe do Ministério Público para dar explicações adicionais sobre as operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal.
“Eu respeito este impedimento, embora tenhamos contrarrazões para arguir, visto que uma CPI tem por força constitucional o dever de convocar qualquer cidadão brasileiro para depor”, afirmou Vital do Rêgo.
Diante desse entendimento, o presidente da comissão não descarta uma posterior convocação do procurador-geral.
Com informações da Agência Senado/Agência Câmara.