A Comissão Especial de Inquérito (CEI) instaurada na Câmara de Goiânia sobre irregularidades na Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) encerrou os trabalhos e aprovou relatório nesta segunda-feira (09).

A conclusão, depois de quase oito meses de trabalho, é de que irregularidades nos contratos investigados causaram um rombo nos cofres públicos de quase R$ 53 milhões.

A Comissão solicitou o indiciamento de seis servidores, sete empresários e cinco ex-secretários de Goiânia. Sendo que os ex-secretários José Geraldo Freire, Patrícia Veras, Miguel Tiago e Paulo Sanches são suspeitos de terem assinado contratos superfaturados e autorizado a contratação sem licitação. Já o ex-secretário Andrey Azeredo (PMDB), atual presidente da Câmara Municipal, teve o indiciamento pedido por omissão.

Os contratos investigados envolvem os serviços de instalação e operação de fotossensores, compra de cavaletes e semáforos e a sincronização de controladores de semáforos. O relator, vereador Eduardo Prado (PV), explicou foram executados os trabalhos da CEI.

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Ainda de acordo com o relator, há uma diferenciação no relatório entre a atuação de quatro ex-secretários e do atual presidente da Câmara, Andrey Azeredo.

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Cópias do relatório final serão encaminhadas à Prefeitura de Goiânia, ao Ministério Público (MP), ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e à Polícia Civil (PC). O presidente da CEI da SMT, vereador Elias Vaz (PSB), explicou como os desvios eram cometidos.

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Os Vereadores também vão pedir à Controladoria do Município abertura de sindicância para apurar a conduta de servidores da SMT.

Do repórter Rubens Salomão