Foto: Alego/Divulgação

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Flaviana Alves, disse à Sagres 730 nesta terça-feira (26) que o remanejamento de 276 servidores da Saúde do Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo) é um ato irresponsável e preocupante, porque segundo ela, está diminuindo o quantitativo de trabalhadores que atendem uma demanda muito grande na unidade de saúde. 

“Hoje falta profissionais no Hugo para atender a demanda, quanto mais a demanda crescente que diz o governador está aumentando as metas, ao qual a gente ainda não vislumbrou”, disse. “No dia primeiro, em que a OS vai assumir, no hospital a gente vai ter menos 500 funcionários, porque estão saindo 276 servidores efetivos e mais uma leva de contrato que eram do Instituto Haver”, ressaltou. 

Flaviana Alves revelou que o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), [organização social que vai assumir a gestão do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo)], não efetivou os funcionários por contrato dos Instituto Haver porquê está oferecendo um salário abaixo. “A maioria dos profissionais não estão aderindo esse contrato, que é um contrato precário, um contrato de exploração da força de trabalho”, afirmou. 

A presidente do Sindsaúde disse à Sagres que vai haver um prejuízo à prestação de serviço por falta da força de trabalho. “Uma coisa é abrir o número de vagas, uma coisa é pactuar em papel e outra coisa é realizar”, afirmou. “Não realiza procedimentos sem pessoas, não adianta ter meta no papel”. A presidente ainda criticou que tirar quase 300 servidores vai gerar um déficit ainda maior, além da sobrecarga nos funcionários. 

Flaviana Alves pontuou que não adiante ter quantidade de atendimento sendo que não há qualidade. “Tem que ser a soma das duas coisas”, disse. “Os relatórios dos auditores dos Sistema Único de Saúde não demonstram esses números, é preciso que esses relatórios sejam efetivados”. 

Ouça a entrevista na íntegra 

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Mobilização

Com o fim do contrato com a SES, o Instituto Haver está encerrando os contratos terceirizados. Os servidores vão participar de um cronograma de mobilização na tentativa de reverter o processo. Nesta terça-feira (26) haverá manifestação na porta da SES. Na quarta (27), no mesmo horário, os trabalhadores estarão diante do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

Na quinta-feira (28), o Simego está mobilizando seus afiliados para uma manifestação na Praça do Bandeirante, no Centro de Goiânia, a partir das 10 horas, e em seguida uma caminhada até a Assembleia Legislativa. A mobilização é para mostrar à população o impacto das mudanças na gestão do Hugo. Os trabalhadores decidiram que no domingo, 1º de dezembro, também às 10 horas, dia em que a OS INTS assume a gestão do Hugo.