Produtores rurais, presidentes de Sindicatos Rurais, lideranças municipais e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás se reuniram e condenaram o alto número e taxas de impostos no Estado, principalmente a decisão do governo de aumentar a alíquota do ICMS sobre o óleo diesel. O governador Marconi Perillo assinou decreto que começa a valer no dia 1º de agosto, nesta quinta-feira, e eleva a cobrança de 13,5% para 15%.
Segundo a FAEG, a mudança vai representar um aumento de R$ 19,7 milhões no custo das cadeias produtivas de grãos, carne, leite e cana; e este impacto também vai chegar ao custo final de diversos produtos ao consumidor.
O presidente da FAEG, José Mário Schreiner, explica que a medida do governo não teve discussão com o setor e que os produtores terão de fazer ajustes. “Essa medida foi unilateral, sendo discutida apenas pelo governo. O setor privado não participou desta discussão e nós fomos pegos de surpresa,” reclama.
De acordo com Schreiner, 90% da próxima safra já está planejada. Para ele, uma medida de aumentar a alíquota do óleo diesel vai tirar competitividade. “Isto vai nos deixar em uma situação um pouco mais delicada. O produtor precisará fazer alguns ajustes,” prevê.
José Mário Schreiner ainda salienta que o argumento dado em nota pela secretaria de estado da Fazenda sobre o aumento no ICMS sobre o óleo diesel não se justifica. O estado havia argumentado que é necessária e equiparação da taxa goiana com a cobrada em estados vizinhos.
Ainda não há sinalização por parte do governo estadual de que o aumento na alíquota do diesel seja cancelado. A previsão é de que a elevação de 13,5% para 15% seja efetivada nesta quinta-feira (1).