Quatro representantes dos servidores públicos no Conselho Deliberativo do Ipasgo (CDI) entraram com mandado de segurança na Justiça contra venda do Hospital do Servidor público para o Estado de Goiás. A ação foi proposta pelo subtenente Luís Cláudio Coelho de Jesus (Assego), Nylo Sergio Jose Nogueira Junior (Sindipúblico), Bia de Lima (Sintego) e Nelma das Graças Almeida Felix (Ugopoci).

Os representantes afirmam que foram excluídos da decisão e que o preço de venda foi R$ 22 milhões inferior a seu valor. A compra foi concluída pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) por R$ 128,8 milhões, mas antes o valor estimado era de cerca de R$ 150 milhões, segundo afirmação do subtenente Cláudio em vídeo divulgado nas redes sociais.

“Após uma oferta de venda de R$ 128 milhões, que destoa das propostas apresentadas antes, os quatro membros representantes dos servidores suspenderam a votação e solicitaram cópia integral do processo administrativo de venda do hospital para análise dos laudos da avaliação”, declarou o subtenente.

Cláudio contou que espera que a “justiça reconheça a ilegalidade” e suspenda a venda do Hospital do Servidor. “senão levaremos um prejuízo de mais de R$ 22 milhões”, reforçou o subtenente.

Em resposta, a SES-GO afirmou que o processo de aquisição do Hospital do Servidor seguiu todos os trâmites legais, com aprovação da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), do Conselho Deliberativo do Ipasgo (CDI) e sanção de Lei Estadual permitindo o ato. Em relação ao valor de R$ 128 milhões, a nota informou que a estimativa de R$ 150 milhões mudou após análises e conforme definição do CDI.

Hospital Estadual da Criança e do Adolescente

No local, o governo de Goiás prevê o funcionamento do Hospital da Criança e do Adolescente, para suprir “uma demanda que clama há anos por soluções concretas no Estado, que é a estruturação de um serviço de pediatria”. O hospital oferecerá atendimento para todos os goianos.

A SES-GO ressaltou ainda que os servidores que contribuem com o plano do Ipasgo não serão desassistidos, pois “há um planejamento de ampliação da rede credenciada, com descentralização dos serviços em diferentes unidades de saúde, localizadas em pontos estratégicos de todo o território goiano e não somente na capital”.

Confira a nota na íntegra:

Todo o processo para aquisição do prédio, que antes pertencia ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo), seguiu os trâmites legais, como aprovação pela Assembleia Legislativa de Goiás (Goiás) e pelo Conselho Deliberativo do Ipasgo (CDI), além de sanção de Lei estadual permitindo o ato. Inicialmente, o valor estimado era de R$ 150 milhões, entretanto, após análises a compra pela SES-GO foi realizada por R$ 128 milhões, conforme definição do CDI.

No local, funcionará o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente, que irá suprir uma demanda que clama há anos por soluções concretas no Estado, que é a estruturação de um serviço de pediatria que atenderá todos os goianos de forma integral, universal e equânime, sendo referência na área.

Em relação aos serviços do Ipasgo, os servidores que contribuem com o plano não serão desassistidos, pois o planejamento para o Instituto é de ampliação da rede credenciada, com descentralização dos serviços em diferentes unidades de saúde, localizadas em pontos estratégicos de todo o território goiano e não somente na capital, como seria com o Hospital do Servidor.

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