No ano de 2020 o Goiânia Esporte Clube passou por percalços dentro e fora de campo. Com eleições conturbadas e resultados negativos no início da temporada, o Galo finaliza o ano com uma eliminação nas oitavas de final da Série D e próximo a zona de rebaixamento do Goianão, que será retomado em janeiro de 2021.

Alexandre Godoi, eleito para a presidência do clube no mês de junho, fez um balanço sobre o ano de 2020 e ressaltou que os problemas externos prejudicaram o Goiânia dentro das quatro linhas e projetou um clube mais forte ao final da sua gestão, em 2024.

“O ano de 2020 foi um ano muito atípico. No início do ano a gente sofreu muito com questões internas de diretoria, presidência… Tivemos um desgaste muito grande e problemas para iniciar o Campeonato Goiano. Iniciamos muito mal e depois conseguimos resolver a situação diretiva dentro do clube. O time começou a melhorar também fora de campo. Conseguimos nos livrar do rebaixamento e momentaneamente saímos da zona. O campeonato não acabou ainda, volta agora dia 13, foi um ano muito difícil não só para o Goiânia, não só por conta da pandemia. Foi um ano muito complicado para a gente, mas conseguimos tirar de letra”, frisou.

O Goiânia volta a entrar em campo no dia 13 de janeiro, diante da Anapolina, em partida válida pela 11° rodada do Goianão 2020. O time é décimo colocado na tabela, com 10 pontos. Mesma pontuação do Iporá, clube que abre a zona de rebaixamento.

No último domingo (27), o Galo foi eliminado da Série D, após ser goleado pelo Novorizontino, por 4 a 0. Godoi ressaltou que apesar de não ter conquistado a classificação para as quartas de final da competição, o time goiano teve um bom desempenho a para um estreante na quarta divisão do torneio nacional.

“Fizemos uma boa campanha na Série D, a gente foi eliminado por um time de São Paulo, time muito bom, que é favorito a ser campeão da Série D. Com um investimento muito alto, sabemos que os times paulistas investem muito nisso. Ficamos tristes com a situação de eliminação, mas feliz pelo resultado que tivemos, primeira vez que dirijo um time, a primeira vez do clube na Série D, tivemos uma competição muito difícil, mas tiramos muitas coisas boas dessa competição, esperamos estar de volta em 2021, para que possamos cumprir nosso objetivo, que é muito difícil, mas não é impossível”, destacou.

Início da temporada

“Com certeza, sabemos que um trabalho tem que ter continuidade para dar certo, não só no futebol, como em uma empresa, em qualquer lugar. Tem que ter continuidade boa no trabalho, os atletas têm que estar acreditando no projeto. O time foi mal montado no começo do ano. O Arthur trouxe muitas peças e depois tivemos que mandar muitas peças embora, trocar o time quase todo e conseguindo consertar o time no meio do ano. Com certeza se tivéssemos conseguido um planejamento no final de 2019, para começar 2020 com um time já organizado, montado para disputar, já que nós tínhamos uma espinha dorsal muito boa, de 19 para 20. Não é justificativa do fracasso nesse ano. Mas se tivesse tido um planejamento melhor, estaríamos em uma condição melhor no Goiano e talvez vivos na Série D”

Finazzi

“O Finazzi é um ídolo do Goiânia. O último ídolo que nós tivemos foi o Finazzi e ele sabe dessa oportunidade. Momentaneamente foi muito bom, ele conseguiu tirar o time da zona de rebaixamento do Campeonato Goiano, vencendo inclusive o Vila Nova. Mas o time entendeu que para série D o perfil era outro e não dava para arriscar. Por isso trouxemos o Edson, acredito que no tempo oportuno, talvez um pouquinho antes, nós teríamos mudado a história, ou não”.

Ouça a entrevista ao repórter Wendell Pasquetto

Pandemia

“A pandemia tirou todos os patrocinadores do Goiânia, eu acho que não só do Goiânia, como de vários clubes também. Perdemos um dos principais patrocinadores que era Unimed. Mas nem foi por conta da pandemia, foi por conta da desorganização do clube também. Estamos conseguindo nos organizar agora e vamos buscar patrocínios. A pandemia veio em um momento muito difícil, mas os jogadores entenderam também e, alguns reduziram salários. No geral para o Goiânia não foi tão ruim, já que a torcida quase não vai no estádio, é uma torcida muito grande, mas não tem confiança no time ainda. A gente espera que em 2021 consigamos mudar esse quesito torcida, que as pessoas acreditem mais e compareçam ao estádio para apoiar o Goiânia, porque o clube precisa demais deles.

Mas no geral a pandemia não fez mal para Goiânia, acho que ela fez bem, encaramos times do interior, que lá a torcida encheria o estádio. E nós conseguimos jogar com estádio vazio e foi muito mais fácil para a gente”.

Continuidade de Edson Júnior

“Nós temos um projeto, um plano grande… Conseguimos fazer uma boa campanha na primeira competição, nós estreamos nacionalmente e adiamos um sonho nosso. Espero que ano que vem a gente possa fazer esse sonho se tornar realidade. É uma vontade nossa do Edson permanecer, é uma pessoa de uma índole maravilhosa, que conhece o clube, os jogadores… Cerca de 70% desse elenco vai permanecer com a gente, esperamos que o treinador permaneça também para que possamos terminar o campeonato goiano bem. Nós corremos o risco de rebaixamento ainda, mas temos dois jogos ainda em que podemos reverter isso e buscar a classificação. Então temos um objetivo grande ainda, para que a gente possa continuar esse projeto”.

Futuro

“Se depender de mim e do nosso empenho, do nosso trabalho, o Goiânia vai realmente crescer, como nós vínhamos crescendo, estamos em uma crescente muito boa. Podem ter certeza de que a gente vai colocar Goiânia num patamar de orgulho para todos os torcedores goianienses”, finalizou.