O presidente executivo do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, atendeu a reportagem do Sistema Sagres de Comunicação para falar sobre seu primeiro ano à frente, da gestão do clube. Vários outros assuntos foram tratados com o dirigente colorado, que começou falando um pouco, da evolução do time, nesse primeiro ano, mesmo com tantas dificuldades.
“Em relação a esse primeiro ano de gestão, esse ano de 2020, é um ano que o Vila Nova evoluiu muito. No aspecto administrativo, patrimonial, categorias de base, estrutural, então, foi um ano de evolução, apesar de ter enfrentado uma pandemia, algo que não estava previsto e colocou o clube numa condição de arrecadação de receita, talvez como a pior da história. Não existiu ninguém que sentou na cadeira de presidente e ficou nove meses sem um real de bilheteria. Então, um ano muito difícil, além de não termos um real de bilheteria, ainda ganhamos um mês a mais de folha cheia, que é o mês de dezembro”.
Mesmo com tantas dificuldades, principalmente por conta da pandemia do COVID-19, Hugo Jorge Bravo agradece a Deus, e todos os envolvidos diretamente no dia a dia do clube.
“Muito grato a Deus, pela oportunidade, destacar o trabalho das pessoas que estão conosco nessa gestão, os diretores, vice-presidentes, colaboradores do clube, que foram fundamentais para que a gente passasse esse ano, buscando a evolução do clube. Tenho certeza que aconteceu essa evolução, basta perguntar a qualquer pessoa que entrou aqui outrora e entrar hoje, já pode falar da mudança, ou quem vem jogar aqui, pode falar da mudança”, destacou Hugo.
Outro ponto lembrado pelo presidente, a ampliação da marca do Vila Nova, inserido nos esportes olímpicos e também projetos como o bar no OBA e a retomada das obras das escolinhas.
“A questão dos esporte olímpicos, levando o nome do Vila pra outros segmentos, marca própria, o bar Resenha Colorada, a retomada da obra da escolinha que deve ter as atividades retomadas em fevereiro. A gente torce muito e luta muito pelo acesso, posso dizer tranquilamente que ninguém torce mais por isso do que eu, pode ser até igual, mas mais que eu, é impossível”, afirmou o presidente.
Em outro ponto da entrevista, Hugo Jorge Bravo agradeceu e reconheceu o trabalho do diretor de marketing Murilo Reis, dos seus vice-presidentes, Leandro Bittar, Vinícius Cirqueira e Fábio Brasil. Além deles, Hugo citou o departamento de comunicação que tem Romário Policarpo como diretor, Douglas Monteiro na coordenação e Núbia Alves e Matheus Alves como assessores de imprensa.
Melhoria patrimonial
Várias melhorias foram feitas na parte patrimonial, estrutural do clube, como asfaltos na entrada do bosque do clube e também no CT. Outras novidades foram as reformas da concentração do profissional, das categorias de base, dos gramados do OBA e do CT, dentre outros. Hugo Jorge Bravo falou sobre esse trabalho e entende como primordial, pra quem pensa em chegar a Série A.
“O Vila Nova sempre almejou ir pra Série A, mas nunca se preparou pra isso, principalmente no aspecto estrutural. Você imaginar o clube chegando na Série A e o jogador estacionando o carro na poeira ou na lama, não pode né. Outras coisas que buscamos melhorar no clube, melhoras de refeitório. Não pode imaginar um clube disputando uma Série B e concentrando em hotel ainda, por não ter um local pra concentrar dentro da sua casa. Então, buscamos melhorias na concentração, fizemos uma sala de convivência para os jogadores, reformamos o alojamento da base. O vestiário do visitante do OBA é melhor que noventa por cento dos vestiários pelo Brasil a fora. Fizemos 15 mil metros de asfalto tanto no OBA quanto no CT, pintura também nos dois locais. Buscamos um certificado de conformidade em definitivo para o OBA, sistema de alarme”, explicou Hugo.
Clube Formador
Outro ponto destacado pelo presidente colorado, foi ter cumprido todos os requisitos impostos pela CBF, para que o Vila Nova tenha o certificado de clube formador. Segundo Hugo Jorge Bravo, falta apenas um item, para que o Vila conquiste o certificado.
“Cumprimos todos os protocolos possíveis pra conseguir o certificado de clube formador, faltando apenas um, o alvará de uso do solo, que está dando o maior trabalho pra gente conseguir, dentre mais de cinquenta requisitos. Então, é um ano gratificante, sabemos que o ano de 2021, independentemente de qualquer coisa, sabemos da dificuldade que teremos”, revelou Hugo Jorge Bravo.
Dívidas
Uma revelação feita por Hugo Jorge Bravo, são pendencias na CNRD, órgão da CBF que cuida da parte de litígios do futebol brasileiro. Ao comentar sobre esse problema que o Vila Nova enfrenta, o mandatário colorado fez questão de exaltar o departamento jurídico do clube, que tem Maurilho Teixeira, como diretor.
“Nós temos alguns problemas na CNRD, que estão por pipocar, que teremos que resolver, sob pena de ficarmos com problemas como o Cruzeiro que ficou impedido de inscrever atletas, perda de pontos. Então, uma série de fatores que nos preocupam, mas que buscaremos da melhor forma, conquistar isso. Destacar também nosso departamento jurídico que tem sido uma espécie de escudo, uma armadura pra nós”, explicou.
Em outro ponto da entrevista, Hugo fez nova menção ao departamento jurídico colorado.
“Foi um ano que conseguimos dois milhões e meio de saneamento de dívidas trabalhistas. São vários pontos positivos nesse ano, que esperamos ter continuidade em 2021, o acesso é fundamental pra que a gente consiga estar nessa crescente. E retomando sempre o que eu digo, é um trabalho voltado para o clube, e não pra nossa gestão”.
Parcerias para o patrimônio e importância do Conselho
Hugo voltou a elogiar conselheiros ligados ao departamento de patrimônio e todo o conselho de uma forma geral.
“Nesse ano a gente deve ter produzido em obras para o clube, algo em torno de dois milhões de reais. Não que a gente tenha gasto isso, mas trabalhamos para buscar parcerias com o Leonardo Rizzo, Zé Carlos, Fernando Mussi, Vinícius Marinari, os conselheiros. O conselho do Vila sempre foi muito criticado, injustamente. Sempre falei que era injusto, o problema do Vila, foi sempre atribuir a outro, o seu fracasso. O conselho tem sua participação, temos que conviver com críticas, com as oposições e se eu me sentir incomodado como aconteceu com dois ex-conselheiros que falaram besteira em meu nome, eu processo, não tem problema nenhum. Mas temos que respeitar as opiniões diversas, não somos donos da razão”, ressaltou Hugo Bravo.
Onésio Brasileiro Alvarenga
Na atual temporada, o Vila Nova priorizou os mandos de campo em sua casa, o Onésio Brasileiro Alvarenga, tanto no Goianão, quanto na Série C. A exceção ficou por conta de apenas dois jogos da terceira divisão, que ocorreram no Olímpico. Perguntado sobre o futuro, se pretende fazer uma reestruturação pra continuar mandando jogos no OBA, ou utilizar o Serra Dourada ou até mesmo o Olímpico, Hugo revelou uma frustração.
“É uma frustração que eu tive desde criança. Temos planos para o OBA, porém, temos que ter pés no chão. Trabalhamos algumas situações ao longo do ano, buscar uma espécie de incorporação, mas temos problemas na matrícula que precisam ser saneados. Então, não adianta ficar iludindo o torcedor, falando que temos um projeto de uma arena multiuso, mas que está muito distante. O que posso falar é que ano que vem, faremos melhorias no gramado do OBA e fazer daqui realmente, a nossa casa. O Vila precisa ter identidade, temos aqui a arrecadação do bar, venda de produtos licenciados, economia em relação a aluguel de estádio”, comentou Hugo Jorge Bravo.
Para o presidente colorado, o Onésio Brasileiro Alvarenga é diferente, e ele quer que tanto o torcedor colorado, quanto o adversário, sinta isso.
“Aqui é um estádio diferente, aqui é nossa casa, identificação do clube, temos uma história e aqui, é um estádio raiz. Aqui o torcedor vai vir pra sentir o que é o Vila, sentir emoção. Cara quiser cadeira almofadada, ar condicionado, pipoca e povo servindo, ele não pode ir pro futebol, tem que ir ver um filme ou uma peça de teatro, é melhor, aqui o cara vai sentir emoção e o futebol é bacana pela emoção. Aqui o pai vai trazer o filho, vai sentar no cimento, vai arrepiar, abraçar um cara que nunca viu na vida, jogar o copo de cerveja pra cima, vai xingar o juiz, tem que xingar também. Futebol é isso aí, futebol brasileiro está se perdendo em nuttelagem”, avaliou Hugo Jorge Bravo.
O presidente executivo Hugo Jorge Bravo ainda falou sobre outros assuntos, como a tentativa da volta de uma torcida organizada extinta, que ele foi contra, por problemas criados. Outra questão abordada, foi renovação de contratos de jogadores, que só acontecerá após a definição do Vila na Série C. Outro ponto falado pelo presidente, foi sobre as competições que o time colorado disputará na próxima temporada e o aproveitamento dos aspirantes, em competições como o Campeonato Goiano e Copa Verde.
Acompanhe abaixo, a entrevista completa do presidente executivo Hugo Jorge Bravo