O empresário Leonardo Rizzo, filiado ao PV, disse em entrevista à Sagres que só depende do partido para se lançar à disputa pelo Paço Municipal em Goiânia.

Eu não sou [pré] candidato a prefeito. Eu estou [pré] candidato a prefeito. O que quer dizer isso? Estou à disposição do partido. Se o partido achar que sou um bom candidato, e achar que temos chances, por que não? Mas o meu objetivo é fortalecer o partido, fazer algumas composições que eu vejo gente muito boa pleiteando essa prefeitura para fazer prevalecer coisas que a gente acredita”, esclareceu, em entrevista a Rafael Bessa e Charlie Pereira no programa Toque de Primeira na última sexta-feira (5).

De acordo com o TSE, a candidatura só poderá ser oficializada nas convenções partidárias, de forma virtual por causa da pandemia, entre 20 de julho e 5 agosto. Na entrevista, Rizzo, que é ex-presidente do Vila Nova e atual diretor de Patrimônio do clube colorado, demonstrou preocupação com serviços como acessibilidade, moradia, educação, esporte e segurança pública.

De leste a oeste, norte e sul tem que ter um centro de treinamento público com todas as categorias e modalidades esportivas. Só assim a gente vai combater a violência”, afirmou.

Rizzo foi questionado sobre a atual gestão do prefeito Iris Rezende (MDB). “Eu acho o Iris um bom prefeito. Eu acho o Iris um cara realizador. Eu estive com ele em todas as gestões dele em termos de moradia, mas isso só não basta. Há um continuísmo. É preciso modernizar a cidade”, afirma. “O Iris faz um trabalho arroz e feijão perfeito, perfeito, mas eu acho que o povo quer mais. O povo quer segurança, quer serviço 24 horas, quer sair de casa e ser atendido. A epidemia está nos ensinando isso”, avaliou.

Durante a entrevista, Rizzo fez menção à bancada goiana no Senado Federal. “Cada um que chega ali já quer ser candidato a outra coisa. É uma loucura. O cara chega no Senador depois quer ser candidato a prefeito. Eu nunca vi isso na minha vida. O cara chega a general e quer voltar a ser capitão?”, questionou.

Perguntado se se tratava de uma crítica ao senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Rizzo confirmou. “Eu critico todos aqueles que estão lá e querem voltar para cá. Então o que eles estão fazendo? Estão massificando o nome para as pessoas lembrarem, na hora de votar, do nome deles. São pessoas que querem se perpetuar na política. Nós não precisamos disso. Nós temos que trazer para a política pessoas preparadas, que estão acima dessas vaidades pessoais. Isso é vaidade pessoal. Então é um ‘Eu S/A’, ou seja, eu jogo para o time, mas jogo de goleiro, de lateral direito, back, meio de campo, centroavante, ou seja, sou o técnico. Isso não existe. É lógico que é uma crítica indireta sim”, complementa. Rizzo ainda exemplificou. “Vamos pegar os três senadores. Olha o trabalho nessa epidemia, o que vê falar desses senadores? Agora sim Vanderlan foi nomeado pela comissão lá das micro e pequenas empresas, mas por que não há pronunciamento deles em todos os meios de comunicação do Brasil pedindo as reformas? São empresários, têm as mesmas dores nossas que somos empreendedores”, concluiu.

Pandemia

O governador Ronaldo Caiado (DEM) o presidente da República (sem partido) Ronaldo Caiado também foi avaliados pelo empresário pelas ações de cada um durante a pandemia.

[Caiado] É uma boa pessoa, uma pessoa que está trabalhando no lado humanitário. Ele não está muito pensado na matéria, está pensando no ser humano. Acho isso legal”, aponta. “Acho que ele [Bolsonaro] faz um bom trabalho, mas não sabe se expressar. Fala, às vezes, o que não precisava dizer, se perde”, analisou. Eu, particularmente, acho que faria um trabalho mais interessante no parlamento. Eu gosto da discussão, de levantar as dúvidas, de questionar, de polemizar, para fazer com que as pessoas pensem, e é isso que a gente precisa. Precisa pensar, todos nós”.

Rizzo criticou a bancada goiana no Senado em relação às ações dos parlamentares, na visão dele, durante a pandemia. 

“Eu critico todos aqueles que estão lá e querem voltar para cá. Então o que eles estão fazendo? Estão massificando o nome para as pessoas lembrarem, na hora de votar, do nome deles. São pessoas que querem se perpetuar na política. Nós não precisamos disso. Nós temos que trazer para a política pessoas preparadas, que estão acima dessas vaidades pessoais. Isso é vaidade pessoal. Então é um ‘Eu S/A’, ou seja, eu jogo para o time, mas jogo de goleiro, de lateral direito, back, meio de campo, centroavante, ou seja, sou o técnico. Isso não existe. É lógico que é uma crítica indireta sim”, complementa. Rizzo ainda exemplificou. “Vamos pegar os três senadores. Olha o trabalho nessa epidemia, o que você vê falar desses senadores? Agora sim Vanderlan foi nomeado pela comissão lá das micro e pequenas empresas, mas por que não há pronunciamento deles em todos os meios de comunicação do Brasil pedindo as reformas? São empresários, têm as mesmas dores nossas que somos empreendedores”, reclama. “A não ser o nosso amigo lá, o Kajuru, coitado, que está lá, que tem o problema dele, mas alguém tem que dizer um não”, pontua.

Por meio de nota, o senador Luiz do Carmo (MDB) disse que Rizzo “exerceu o direito de opinião dele sobre esse ponto. Liberdade de expressão! Portanto, não tenho o que comentar sobre ele exercer o direito de expressar sua opinião política sobre os membros do Congresso Nacional. Acredito que isso é fundamental e respeito seu posicionamento.”

A reportagem do Sagres Online entrou em contato com as assessorias dos senadores Vanderlan Cardoso (PSD), Jorge Kajuru (Cidadania) e o prefeito Iris Rezende (MDB) para comentar as declarações de Rizzo, mas não obteve resposta até esta publicação. O espaço segue aberto.