Em bom momento no Campeonato Goiano mesmo com todas as dificuldades, uma notícia caiu como uma bomba no Vila Nova nesta quinta-feira. O volante Róbston foi pego no exame antidoping na partida contra o Sampaio Corrêa, pela Série C do ano passado, no Serra Dourada, e mesmo sem a ter a suspensão preventiva aplicada, não atuará nos próximos jogos.

A substância encontrada na urina do jogador foi a benzoilecgonina, que é um metabolito da cocaína. Ao ser informado do resultado, Róbston admitiu ter feito uso de cocaína e, com isso, o Vila e o jogador não fará uso do direito da contraprova. O jogador pediu um tempo para resolver algumas coisas e será preservado pelo clube, que garantiu que dará todo o suporte ao jogador.

“Será integral, tudo o que ele precisar. Já conversamos com ele ontem, ele vai se ausentar durante uns dias porque é um problema que ele tem que suprir, pessoal, junto da família, é difícil de ser superado, mas ele pode contar com todo o apoio. Eu, particularmente, já o convidei para participar aqui com a gente, vamos aguardar a suspensão, mas ele pode continuar participando do grupo, ajudando da forma que ele puder ajudar”, declarou Newton Ferreira, homem forte do futebol no Vila.

A carta da CBF informando o resultado do exame chegou no início dessa semana, e todo o procedimento jurídico foi tomado pelo Dr. Maurilho Teixeira, que cuida de toda essa parte no clube. O advogado explicou que a CBF deu um prazo até a última quarta-feira, às 18h, para o clube pedir uma contraprova imediata, mas o Vila se absteve após o atleta admitir. Agora, o clube e o jogador vão aguardar os tramites legais do caso.

Pronunciamento VILA“Nós agora iremos aguardar os procedimentos normais para esse caso, quais sejam: a CBF deve comunicar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva o fato ocorrido, o presidente do STJD deve determinar uma suspensão preventiva do atleta num prazo de quatro meses e durante esse período, o tribunal vai marcar o julgamento, onde vamos fazer todo o acompanhamento jurídico, que o atleta já está ciente do nosso apoio”, ressaltou Maurilho Teixeira.

Cocaína na véspera

A benzoilecgonina tem meia vida biológica de cinco a oito horas, que é maior do que a cocaína, que varia de meia hora à uma hora e meia, e pode ser detectada de 24 à 48 horas após o uso da droga.

O médico do clube, Dr. Rodolfo Cambota, em contato com a reportagem do Portal 730, explicou que não se pode afirmar que Róbston fez uso da droga na semana da partida, já que possivelmente, a cocaína também seria encontratada, mas destacou que a benzoilecgonina pode ser encontrada depois de até cinco semanas do consumo da droga. O médico ainda relatou essa situação de que Róbston não fez uso exclusivo para melhorar o desempenho no jogo contra o Sampaio Corrêa.

“É uma substância que deriva do metabolismo da cocaína no organismo, então ela não é uma substância utilizável. A droga é absorvida pelo organismo, ele faz o metabolismo da droga e resulta nessa substância, então é uma forma de identificar, não foi encontrada a droga ativa no organismo. Ele não fez uso para a partida, pode ter sido um uso recreativo”