Sincero. Irreverente. Polêmico. Esses são apenas alguns dos atributos que se encaixam perfeitamente em Róbston, que completa 32 anos nesta segunda-feira e ainda acredita que pode render muito no futebol, ao ponto de conquistar o título goiano da próxima temporada pelo Vila Nova. Em uma entrevista especial feita pelo repórter Pedro Henrique Geninho, da RÁDIO 730, Róbston abriu o coração para fala do atual clube, do ex-clube (Atlético) e até do Goiás, clube que Róbston tinha vontade em jogar.

O volante confirmou que sonhou em jogar pelo time esmeraldino, logo nos primeiros anos de Atlético, mas que o sonho principal sempre foi o Vila Nova pela força da torcida e pela tradição colorada. O ano de 2013 foi o grande foco abordado por Róbston, que até hoje tem mágoa do Atlético por ter saído pela porta dos fundos, mas tem gratidão pelo Vila ter lhe acolhido de braços abertos.

Decepção com o Atlético

“Foram oito anos de dedicação pura ao clube e a gente fica feliz de ter conquistado as coisas que conquistamos lá, mas fico triste de ter saído da forma que foi. É coisa do futebol, a gente sabe que futebol quando você não tá dando resultado, você é o primeiro a ser mandado embora porque tem muita trairagem. As pessoas acham que só jogador é traíra, mas tem muitos dirigentes que são pilantras mesmo, e a gente fica triste por isso”

robston entrevista“Foi um clube que eu dediquei praticamente a minha carreira inteira e não tive retorno. Deixaram de me pagar e eu tive que entrar na Justiça para tentar receber. Eu nunca vi uma pessoa que é ídolo sair da forma que eu sai. Mas, é como eu falei, isso faz parte do futebol e a gente fica triste com isso. Eu não fui um jogador que passou no Atlético, eu fui um jogador que conquistou o Atlético, junto com outros companheiros, consegui reerguer o clube depois de muito tempo”

“O time estava perdendo e o culpado era só eu, é complicado. Eu creio que a culpa não era minha, mas é aquela situação: quando eles não tem em quem colocar a culpa, bota na conta da pessoa que mais aparece, que no caso era eu, que sempre ia para as entrevistas e falava o que tinha de falar. Decepção total, foi uma coisa que me deixou muito triste, pensei até em ficar o resto do ano sem jogar, mas graças à Deus apareceu a oportunidade de vir para o Vila”

Culpa no cartório

“Não tô aqui só pra falar das minhas qualidades não, já deixei a desejar sim, como vocês todos sabem, já faltei treino por noitada, essas coisas todas. Só que no decorrer do tempo a gente vai amadurecendo, vai vendo que as coisas que você fez no passado pode ter te prejudicado. Eu acho que poderia ter deslanchado um pouco mais quando sai para outras equipes, mas infelizmente, não aconteceu, não deu certo. A gente tem que saber assumir os erros e graças a Deus, eu aprendi isso”

Róbston no Goiás?

“Se eu te falar que não, eu vou estar mentindo, e eu tenho que ser sincero. Claro que sim, quando eu cheguei em Goiânia, quando a gente foi vice-campeão em 2006 e campeão em 2007, surgiam muitas sondagens, mas nada de concreto. Mas, quem não gostaria de jogar no Goiás? Goiás, Vila e Atlético, todo mundo quer jogar. Sempre tive vontade de jogar no Goiás, mas pela torcida do Vila, que faz tudo aquilo no estádio, minha vontade maior sempre foi de jogar no Vila”

Amor pelo Vila

Robston Leoiran2“Sonho realizado, nunca escondi o desejo de poder vestir essa camisa, então é um verdadeiro sonho realizado. Nesse ano de 2013 a gente chegou para tentar conquistar o acesso para a Série B e graças a Deus a gente conseguiu. Estou feliz, cada dia mais se ambientando ao clube e agora, quem sabe, podemos conquistar um título aqui”

“O Newtinho me ligou e falou que tinha a intenção de ficar comigo, mas a princípio, só o Campeonato Goiano. Eu aceitei tranquilo, sei do meu potencial, da minha capacidade, e se caso, ao término do Goiano não der para continuar para a Série B, vou ficar triste, mas quero sair daqui, pelo menos, com o título goiano, com o dever cumprido. Foi algo da diretoria, eles que quiseram assim, então a gente acata e procura trabalhar para dar resposta em campo e assim, ficar até o fim do ano”