O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e o ex-secretário de Segurança Pública Rodney Miranda (Republicanos) travaram um debate nesta quarta-feira (20), quando ambos participaram de programa de Rádio em Goiânia. Rodney estava no estúdio, quando uma entrevista por telefone com Marconi foi iniciada. O ex-governador respondia a críticas feitas por ouvintes quando iniciou ataques a atual gestão e o ex-secretário pediu para rebater afirmações de que teriam ocorrido interferências do Executivo na polícia para supostamente conter investigações contra corrupção.
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Em resposta, Rodney negou que qualquer ingerência tenha ocorrido e ressaltou ações “técnicas” do governo de Ronaldo Caiado (UB) no combate a crimes na administração pública. “Infelizmente, o ex-governador está equivocado. Jamais houve interferência, de nenhuma parte, no trabalho policial de combate à corrupção. Criamos a delegacia de combate à corrupção. Criamos o disque denúncia da corrupção, programa inédito no país. Sempre pautamos nossa gestão de maneira técnica”, disse.
Marconi, reclamou que foi pego de surpresa pela intervenção do ex-secretário, mas continuou os ataques e disse haver “perseguição” a adversários do governador no Estado. “O senhor é um forasteiro e só fez mal para o Estado”, disparou o ex-governador, ao que Rodney retrucou: “Quem estava fora do Estado era você”. Com o tom elevado, a participação de ambos foi encerrada. Rodney é pré-candidato a deputado federal pelo Republicanos, enquanto Marconi considera candidatura ao Senado ou ao Governo.
Relatores
Os relatores dos quatro projetos que alteram carreiras e remunerações de servidores municipais foram escolhidos pelo presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Câmara Municipal de Goiânia, Henrique Alves (MDB). Os parlamentares nomeados foram: Willian Veloso (PL); Pastor Wilson (PMB); vereador Marlon (Cidadania) e Bruno Diniz (PRTB).
Data base
O projeto que concede reajuste salarial de 9,32% terá Willian Veloso na relatoria. A proposta, referente a data-base do biênio 2019-2021, foi enviada pela prefeitura e prevê que o benefício seja retroativo a primeiro de abril.
Agentes
A proposta de reestruturação dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias será relatada pelo vereador Pastor Wilson. O projeto estabelece que os servidores passarão a ter evolução na carreira a cada três anos, com adicionais de insalubridade e produtividade, que podem chegar a R$ 300. O vale-refeição passa a ter valor fixado em R $400. O mesmo projeto define os salários dos conselheiros tutelares a partir de maio de 2022 em R$ 6.110,71.
Educação
Já o projeto que propõe que os professores municipais tenham um reajuste salarial de 10,16% este ano será relatado pelo vereador Marlon. A matéria altera o Estatuto dos Servidores do Magistério e o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos trabalhadores administrativos da Educação. Outra alteração é o reajuste de 50% do valor do auxílio-locomoção, além de auxílio-transporte de R$ 250 a ser reajustado anualmente.
Guarda
O vereador Bruno Diniz relatará o projeto que altera a forma de remuneração dos guardas civis metropolitanos. Os agentes passam a receber pelo regime de subsídio, que reúne os benefícios que incidem sobre os vencimentos. Com a mudança, salário da Guarda Civil Metropolitana (CGM) será de R$ 2.630,76 a partir de setembro.
Reação
O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) publicou crítica ao reajuste de 5% para o funcionalismo público federal proposto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Valores
Segundo a Lei Orçamentária para 2022, aprovada pelo Congresso Nacional, apenas R$ 1,7 bilhão podem ser usadas para a recomposição salarial de servidores públicos. Valor definido pode gerar um gasto de até R$ 6,3 bilhões.
Atrasos
Segundo o sindicato, a categoria está há mais de cinco anos sem receber qualquer reajuste. Desta forma, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) está em mobilização para obter a reposição salarial emergencial de 19,99% para todas as categorias do funcionalismo público federal.
Greve
Além disso, uma série de paralisações já ocorre entre categorias, como a dos servidores do Banco Central, que estão de greve desde o dia primeiro de abril.
