Na última quinta-feira (16) os jogadores do Vila Nova detonaram uma greve no clube: ninguém treina enquanto a diretoria não se posicionar sobre a situação dos salários atrasados, que já estão próximos de atingir os três meses. Assim, as atividades de quinta e também dessa sexta foram suspensas e os atletas seguem com a postura mantida.

O presidente Rodrigo Nogueira revela que já havia conversado com alguns atletas, explicando a situação: “Já conversei com o Radamés, falei para ele que todos nós estávamos trabalhando para conseguir arcar com as responsabilidades e os compromissos. Expliquei para eles, pedi que não fosse feito nenhum protesto ou greve, mas eles acharam melhor fazer. O mais importante, que são as vitórias, eles não estão conseguindo”.

O cartola diz também que, por enquanto, a diretoria não pode prometer uma data para acertar os salários e, por isso, não passou nada oficial para o elenco. “Não posso marcar uma data para pagá-los, porque não sei se poderei cumprir. Isso seria irresponsabilidade da minha parte. Só vamos dar uma data quando tivermos certeza, porque, se fizermos uma promessa, teremos que cumprir”, declara.

A situação é ainda mais delicada. Refém da greve instaurada, o clube não tem o dinheiro para acertar com os jogadores, como revela Rodrigo. “Hoje o Vila Nova não tem dinheiro para cobrir a folha, todo mundo sabe disso. Mas nós não estamos trabalhando totalmente no escuro, temos algumas possibilidades e vamos analisar tudo. É apenas uma questão de tempo para conseguirmos o dinheiro e acertar com eles”.

Sobre a greve, o presidente detona: “Eu acho que é uma atitude muito infeliz, não estão respeitando o Vila nem a sua história. Em momento algum a diretoria deu as costas para eles (jogadores). Tivemos o time na zona do rebaixamento o campeonato todo e mesmo assim nós mantivemos os salários em dia vários meses. Para mim, não está certo”, finaliza.