Romário Policarpo, vereador e presidente da Câmara Municipal de Goiânia, também está ligado ao futebol. No Vila Nova, o político atua na nova gestão como diretor de comunicação social e ainda é conselheiro vilanovense. Nesta quarta-feira (13), Romário conversou com o repórter Rafael Bessa, no programa Toque de Primeira, da Sagres 730, sobre o seu trabalho no Onésio Brasileiro Alvarenga e a situação do clube colorado durante a pandemia do novo coronavírus.

Durante o período sem jogos, a comunicação do clube tem movimentado seus perfis nas redes sociais. O diretor da área explicou que “essa é uma iniciativa da nova diretoria de explorar mais as redes sociais, que têm se tornado uma importante fonte de receita para os clubes de futebol. Nesses tempos de pandemia e sem jogos, obviamente o Vila Nova vive uma situação financeira delicada, porque na Série C não tem aquele direito da televisão, então estamos precisando nos reinventar”.

“Temos arrecadado quantidades substanciais com essas iniciativas. É lógico que é algo ainda muito novo, então estamos tentando entender essa nova metodologia de mercado. O nosso diretor de marketing, o Murilo Reis, tem trabalhado em conjunto com a comunicação para que possamos fazer essa aproximação da torcida. Seria uma forma do Vila Nova ainda estar presente do seu torcedor nesse momento que não há futebol e provavelmente também quando voltar não haverá torcida”, acrescentou.

Sobre os acordos com os parceiros comerciais, “o Vila Nova tem feito todo o esforço possível para cumprir o seu compromisso com os patrocinadores. Essa foi uma forma, inclusive, que achamos de dar um retorno a esses patrocinadores que continuam investindo no Vila Nova, que obviamente têm feito com que o Vila Nova continue funcionando. As redes sociais são uma importante ferramenta na divulgação de produtos, o Vila Nova tem uma rede social muito forte em Goiás e vamos explorar ela ao máximo”.

Jogos sem torcida

Fazer futebol sem torcida “é complicado, ainda mais para um clube como o Vila Nova, que é um clube de massa e com uma torcida gigantesca, a maior do Centro-Oeste. Tem sido muito complicado, porque o Vila Nova é motivado pela sua torcida. Confesso que não acredito em futebol com torcida este ano e também nem no início do próximo ano, então o Vila Nova precisa se reinventar para que a torcida continue ainda sendo a parte fundamental e estrutural do clube”.

Questionado sobre a hipótese do futebol voltar a ter torcida somente depois da vacina para a covid-19, ressaltou que “a vida tem que estar em primeiro lugar e a preservação dos atletas também. Seria insano da parte dos clubes e das federações pensarem em futebol com torcida nesse momento. Existem expectativas de que pelo menos mais um ano seja necessário para que essa vacina seja feita. Desejamos o retorno do futebol o mais breve possível, mas obedecendo todas as regras e os protocolos”.

Romário Policarpo, como um homem público e atuante na política goianiense, reforçou que “ainda não é o momento do retorno do futebol e acho muito pouco provável termos torcida neste ano e, no início do ano que vem, os campeonatos estaduais também devem ser realizados sem torcida. O que podemos imaginar é que talvez nos campeonatos nacionais do próximo ano possamos começar a ter torcida, mas acho que ainda é muito prematuro para estarmos falando sobre isso”.

Redução salarial

Enquanto o Atlético Goianiense conseguiu um acordo para a redução salarial dos seus jogadores para o mês de maio, o Goiás tem sofrido para chegar a um novo acerto com seus atletas.

Já no Vila Nova, “não fizemos acordos coletivos, o que temos feito são acordos individuais, porque cada jogador tem uma realidade salarial. Não dá para você falar de redução salarial para aqueles que são apostas e ganham muito pouco, então o presidente tem tratado isso com muita cautela, até para evitar que os jogadores passem por dificuldades – tem muitos jogadores estrangeiros em Goiânia com as suas famílias. Mas o Vila Nova tem honrado os seus compromissos e tem pagado os salários em dia”.

Confira na íntegra a entrevista de Romário Policarpo à Sagres 730