Faltou efetividade, sobrou estudo, tática e aplicação. A promessa era de equilíbrio, e assim foi, tanto que o empate permaneceu por 120 minutos, com Messi e Robben menos protagonistas que o normal. Na decisão por pênaltis, a torre holandesa Krul não estava lá, porque a Holanda já havia feito as três mudanças. Cillessen não conseguiu ser decisivo, e Romero sim, pegando dois pênaltis e levando a Argentina para a final contra a Alemanha.
O Jogo
Desde as prévias, a expectativa era de um jogo equilibrado, um jogo de nervos a flor da pele. Se esperava isso, mas com base na técnica, mas o que se viu foi um duelo tático. Os dois times pouco atacaram, e quando chegavam, os defensores sempre levavam a melhor. A primeira chegada mais aguda foi dos argentinos, curiosamente, foi em uma falta sofrida por Pérez na entrada da área em que Messi arriscou, mas parou em Cillessen
Essa foi a única intervenção do goleiro holandês em todo o tempo regulamentar. Os argentinos até tiveram outra chance aos 23, com cabeçada de Garay, mas a bola subiu demais. O susto que parece ter freado os argentinos veio aos 29min, mas não foi nenhuma finalização holandesa. Mascherano e Wijnaldum bateram cabeça com cabeça e o argentino levou a pior, chegando a ficar desacordado. Recuperado, ele voltou.
A Holanda pouco agredia, estudava bem mais e esperava um erro argentino, que não aconteceu. Robben, por exemplo, mal se mostrou na primeira etapa. O único chute dos europeus aconteceu com Sneijder, de longe, mas Romero agarrou com tranquilidade.
2º tempo
Se no primeiro tempo, quem mais controlou foram os argentinos, na etapa final o equilíbrio foi geral e os times pareciam com medo de arriscar e depois, ter de correr atrás do prejuízo em caso de erro. Aos 12, os hermanos até tentaram quando Lavezzi cruzou para Higuaín na área, mas Janmaat conseguiu antecipar. Messi, responsável por carregar o time nos ombros, estava sumido em campo, muito bem marcado por De Jong e depois por Clasie, que entrou no time.
O time holandês até detinha mais a posse de bola, mas era a Argentina que, quando arriscava, levava perigo. Aos 29min, Pérez, um dos melhores em campo, fez grande arrancada pela direita e cruzou para Higuaín, que se atirou para finalizar, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora, o que enganou boa parte do estádio. Aos 38min, Rojo tentou chute de longe e Cillessen fez defesa perigosa, em dois tempos.
E onde andaria Robben? Ele apareceu e por muito pouco, quase não decidiu o jogo aos 45min. Na tabela feita com Sneijder, Robben entrou na área, demorou muito para finalizar e quando o fez, Mascherano, um leão em campo, travou na bola e impediu o gol, levando o confronto para a prorrogação.
Prorrogação
O contexto da partida não mudou: as duas equipes continuavam estudando demais, cautelosas demais. Van Persie, que pouco fez mais uma vez e continuou com atuações apagadas desde a goleada sobre a Espanha, saiu para a entrada de Huntelaar. Era a terceira mudança no time holandês, o que indicava que Krul não entraria em caso de disputa de pênaltis. Aos oito minutos, Robben apareceu mais uma vez e na jogada manjada de cortar para a perna esquerda, disparou, mas Romero segurou.
No segundo tempo da prorrogação, as emoções, finalmente, apareceram de vez. Aos nove, Aguero fez passe incrível por cima para Palacio, que deixou a bola quicar uma fez e só precisava bater, mas preferiu tentar um toque de cabeça por cima, mas Cillessen pegou. Dois minutos depois, Messi reapareceu, fez a jogada na direita e cruzou, mas Maxi Pereira pegou mal e perdeu outra grande chance.
Pênaltis
Sem Krul, que não entrou porque Van Gaal já havia feito as três modificações, a Holanda não teve um Cillessen inspirado. O pior é que Romero foi uma arma gigante e pegou as penalidades cobradas por Vlaar e Sneijder. A Argentina converteu todas as cobranças, entre elas a de Maxi Rodriguez, que levou a Argentina para uma decisão depois de 24 anos.
FICHA TÉCNICA
HOLANDA 0 (2) x 0 (4) ARGENTINA
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data-hora: 9/7/2014 – 17h
Árbitro: Cüneyt Çakir (Fifa-TUR)
Auxiliares: Bahattin Duran (Fifa-TUR) e Tarik Ongun (Fifa-TUR)
Público: 63.267 presentes.
Cartões amarelos: Martins Indi e Huntelaar (HOL); Demichelis (ARG)
Pênaltis: Vlarr (perdeu), Messi (0-1), Robben (1-1), Garay (1-2), Sneijder (perdeu), Agüero (1-3), Kuyt (2-3) e Maxi Rodríguez (2-4).
HOLANDA: Cillessen; De Vrij, Vlaar e Martins Indi (Janmaat, Intervalo); Kuyt, De Jong (Clasie, 17’/2ºT) Wijnaldum, Sneijder e Blind; Robben e Van Persie (Hunterlaar, 5’/2ºT Prorrogação) – Técnico: Louis Van Gaal – Técnico: Louis Van Gaal.
ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay e Rojo; Biglia, Mascherano e Enzo Pérez (Palacio, 36’/2ºT); Messi, Higuaín (Agüero, 36’/2ºT) e Lavezzi (Maxi Rodríguez, 10’/2ºT Prorrogação) – Técnico: Alejandro Sabella.