“Eu tenho uma identificação muito grande com o Vila, é uma coisa meio que inexplicável. Então não adianta, eu tive algumas propostas até melhores de salários pra jogar em outros clubes, mas sempre pesava no fundo. Por que eu sairia do Vila? Qual seria o meu objetivo em outro clube? Aqui no Vila eu me sinto muito mais útil, sinto que tenho algo mais a fazer pelas pessoas, me sinto feliz, alegre, então não tem porque mudar”.
Ouça a entrevista na íntegra:
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As palavras do atacante Roni só retificam a figura simbólica que ele é atualmente no clube colorado. Com 33 anos, próximo de completar 34 (no dia 28 de abril), o capitão colorado já se preocupa com o momento mais difícil na carreira de um jogador de futebol: a aposentadoria. Em entrevista ao repórter da RÁDIO 730, Juliano Moreira, Roni revelou que quase antecipou o adeus ao futebol. Segundo ele, com as intensas contusões, e o momento difícil que o Vila estava vivendo.
“Quando eu voltei no meio do ano, pós-Copa do Mundo, várias vezes eu comentei com o pessoal da fisioterapia que era provável que eu parasse. Como eu consegui jogar até o final do ano, mesmo com as dores, não parei”, disse o camisa sete. Roni não sabe quando esse momento virá, nem de que forma. A única confirmação que ele tem é de que a carreira se encerrará no tigre. “A minha ideia é parar no Vila Nova. Com certeza”, sacramentou.
E quando chegar a hora...
Outra certeza que Roni tem é de que, quando não atuar mais nos gramados com a camisa colorada, ele continuará trabalhando no Vila Nova. “Pra falar a verdade eu acho até que se eu parar, não sei o dia, com certeza eu devo ficar aqui no Vila fazendo algo pela garotada, pelo clube em si, até porque a minha ideia é que o Vila vá pra série A”, reforçou o jogador.
O sonho de ver o tigre na primeira divisão nacional é cogitado inclusive em uma possível despedida dos gramados. “O meu sonho é jogar com a camisa do Vila Nova na série A. Isso seria realmente o momento ideal, e eu espero que venha acontecer logo, porque eu quero que o Vila vá pra série A no ano que vem”, vislumbrou Roni.
Já pensando em um possível trabalho no Vila assim que deixar a carreira, o atacante ressaltou que o time não pode depender do dinheiro das pessoas que comandam o clube. “O Vila tem que parar de ficar sobrevivendo de dinheiro de dirigente. O Vila tem que sobreviver das suas próprias pernas, do seu faturamento anual, de venda de jogadores, de marketing esportivo em cima da marca, que é muito forte”, disse.