Apontado como um dos favoritos ao título e ao acesso antes do começo do campeonato, o Goiás vem decepcionando na Série B. Com 19 pontos, a equipe ocupa o 16º lugar e pode figurar na zona de rebaixamento ao término da 18ª rodada.

Em entrevista coletiva no começo da noite desta quarta-feira, dia 27, o atacante Rossi apontou o que tem faltado ao elenco esmeraldino para melhorar a situação do clube no torneio. “Temos de trabalhar e ter vergonha na cara, porque acontecer uma, duas vezes de tomar um gol no final tudo bem, mas não pode acontecer cinco, seis vezes. Precisamos ter um pouco mais de concentração no final e no começo dos jogos e ter mais brio e vergonha na cara. Precisamos fazer os gols e tomar gol no final fica complicado”.

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O atleta ressaltou que o desempenho do sistema defensivo tem de melhorar e admitiu que a ansiedade tem atrapalhado os atletas. “Ontem tivemos algumas oportunidades desperdiçadas, mas o importante é que a gente vem fazendo gols. Nos últimos 3 jogos fizemos 6 gols, mas o problema é que estamos também sofrendo muitos gols. Fica difícil fazer lá na frente e tomar lá atrás. Não é pecado só do pessoal lá de trás, porque a marcação começa lá na frente. A ansiedade atrapalha porque todos querem sair dessa fase ruim”.

Após o empate em 1 x 1 contra o Luverdense, no Serra Dourada, na noite de terça-feira, a pressão sobre Léo Condé ficou ainda maior, sendo inclusive tema da coletiva do treinador após o jogo. Porém, Rossi acredita que uma possível mudança no comando técnico não traria benefícios ao Verdão, caso os jogadores não mudem a postura.

“Pode vir até o Guardiola, se não mudarmos nosso pensamento na hora de entrar em campo e dar a vida, suar sangue, nada vai adiantar. Isso tem de partir dos jogadores mesmo. Só mudar treinador não vai adiantar. O Enderson não tem culpa, o Condé não tem culpa. Os culpados somos nós, jogadores”.

O atleta também falou sobre o ambiente do clube e negou que exista “corpo mole” dos atletas. “Não é questão de corpo mole ou desunião no grupo. O professor chega no vestiário, aponta os pontos fortes do adversário e os caras fazem exatamente isso que ele falou. Falta atenção ao que o professor fala”.

O Goiás terá 21 dias até voltar a campo. A equipe esmeraldina encerra o primeiro turno às 20h30 do dia 16 de agosto, uma terça-feira, quando enfrenta o Sampaio Corrêa, no Maranhão. 

Rossi isenta treinador de culpa e destaca que jogadores têm de “ter vergonha na cara”