Temendo manifestações de rua, as instituições responsáveis pela proteção ao papa no Brasil querem alterar a agenda do pontífice no Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece na próxima semana.

As autoridades da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Exército e Polícia Federal discutem com a equipe do Vaticano possíveis alterações na programação, com o objetivo de preservar a comitiva do papa e os fiéis durante a JMJ.

O serviço de segurança quer mudar a solenidade de boas vindas ao pontífice, prevista para acontecer na próxima segunda-feira (22), às 17 horas, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. O local foi alvo de vários protestos durante a onda de manifestações que levaram milhares de pessoas ao Rio de Janeiro. Nas redes sociais já há convocação de um ato para criticar os gastos públicos com a JMJ.

O encontro do papa com autoridades brasileiras como a presidente Dilma Rousseff, o governador do Rio, Sérgio Cabral e o prefeito da Capital fluminense, Eduardo Paes até o momento está previsto para acontecer no Palácio Guanabara.

O maior temor é que o papa fique preso em meio a uma manifestação. Até por isto, alguns eventos previstos na Agenda de Francisco podem ser canceladas ou sofrerem mudança de local de última hora.

Mesmo com a possibilidade iminente de protestos populares, o Vaticano deseja evitar grande aparato militar em torno do pontífice. Nesta terça-feira (16), a igreja pediu a dispensa da equipe de intervenção tática da Polícia Federal, por seus membros utilizarem fuzis. Apenas policiais armado com pistolas farão a segurança em carros próximos ao de sua santidade.