A vitória do kirchnerista Alberto Fernández nas eleições primárias argentinas jogo já refletem na política brasileira. O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) avaliou a primeira vantagem obtida sobre o atual presidente, Mauricio Macri, e traçou um comparativo com a gestão de Jair Bolsonaro (PSL) no Brasil.
“O que o resultado na Argentina demonstra é que não basta apenas discurso de Campanha. Tem que cumprir a agenda pela qual ele foi eleito, e a população cobra isso. Aqui no Brasil nós estamos vivendo uma situação semelhante. Em menos de um ano, esse governo já perdeu quase a metade da popularidade e apoio da sociedade. Em janeiro, Bolsonaro tinha 51%, hoje ele tem 30%. Nós estamos no meio do ano ainda. Isso mostra que não atendeu às expectativas do ponto de vista político, econômico, de gestão”, avalia.
Jair Bolsonaro apoia o atual presidente Mauricio Macri, e nesta semana disse que caso Fernández vença, o Rio Grande do Sul, estado limítrofe com a Argentina, se transformaria em uma nova Roraima, referindo-se à entrada de imigrantes venezuelanos pela fronteira com o Brasil, que fogem da política implantada por Nicolás Maduro.
Rubens Otoni acredita em uma reviravolta da esquerda já para as eleições presidenciais no Brasil em 2022.
“Os nossos adversários aqui no Brasil acharam que a eleição de 2018 seria para enterrar o PT, que eles, ao tirarem a Dilma e prenderem o Lula, eles acharam que o PT tinha acabado. Foi exatamente o contrário. Já em 2018 o PT foi o grande vitorioso da eleição, foi o partido mais votado do Brasil”, avalia.
Em 2018, o PT perdeu mais de 14% do eleitorado. Ainda assim, foi a legenda que obteve mais votos em todo o país, somando cargos no Legislativo e no Executivo. O PSL, de Jair Bolsonaro, foi o segundo colocado, seguido pelo PSDB.