(Foto: Vitoria Jane/Pinterest)

No podcast desta semana, Rubens Salomão e o prof Norberto Salomão, abordam sobre o pedido do primeiro ministro britânico à rainha Elizabeth II para suspender as atividades do Parlamento. O motivo é impedir que deputados oposicionistas ganhem força para evitar a saída do Reino Unido da União Europeia. O pedido dura cinco semanas e irá até a segunda quinzena de outubro.

“Vai nos dar trabalho e exigir muita energia para nos livrarmos desse acordo atual, cheio de retiradas. E o melhor jeito de fazer isso é se os nossos amigos na União Europeia não pensem que o Brexit pode ser de alguma maneira bloqueado pelo parlamento. Enquanto eles pensem que o parlamento possa tentar ou conseguir impedir o Brexit, menor é a chance de eles nos darem o acordo que nós queremos”, discursou Boris.

A ação do premier britânico foi criticada pela oposição e até por parlamentares do seu Partido Conservador, que a chamaram de “golpe”, “ataque à democracia” e “ultraje constitucional”.

O anúncio de Johnson veio um dia depois de lideranças opositoras, lideradas por Corbyn, concordarem em trabalhar juntas para aprovar uma legislação que impeça um Brexit sem acordo. A reação de Boris Johnson levou a libra esterlina a uma nova desvalorização, de quase 1%.

O Parlamento deve ser reaberto na terça-feira (3), e os parlamentares podem pedir um voto imediato de desconfiança em Johnson. Se o premiê perder o voto, os parlamentares podem formar um governo alternativo e escolher um novo primeiro-ministro.

Milhares de pessoas participaram neste sábado (31) em dezenas de manifestações para denunciar a decisão do primeiro-ministro britânico Boris Johnson de suspender o Parlamento nas semanas prévias ao Brexit, manobras que muitos denunciam como “golpe de Estado”.

As frases bem ou mal ditas por aí…

ivan duque colombia discurso reproducao internet

(Foto: Reprodução Video/Internet)

A frase da semana fica por conta do presidente da Colômbia, Iván Duque, que anunciou uma ofensiva contra os ex-chefes das Farc. Eles proclamaram uma nova rebelião armada depois que renunciaram ao acordo de paz firmado pela guerrilha e o governo para pôr fim a meio século de conflito.

“Colombianos, diante das declarações feitas por Iván Márquez e seus cúmplices, quero dizer o seguinte: Colômbia não aceita ameaças de nenhuma natureza e muito menos do narcotráfico. Os colombianos devem saber que não estamos diante do nascimento de uma nova guerrilha, mas diante das ameaças criminosas de um grupo de narcoterroristas que contam com o abrigo e apoio da ditadura de Nicolás Maduro. Não cairemos na armadilha de quem tentam se esconder atrás de falsas roupagens ideológicas para sustentar seus crimes. Esse grupo de delinqüentes pretende tirar sarro do povo colombiano e nós não vamos permitir”.

Duque disse que continuará avançando em sua política de paz com legalidade e o compromisso será mantido com aqueles que estão genuinamente fazendo progressos no processo de reincorporação à sociedade.

A reação do presidente vem depois que Iván Márquez, ex-número 2 da guerrilha dissolvida das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), reapareceu em um vídeo anunciando uma nova etapa da luta armada na Colômbia. O anúncio aconteceu três anos após a assinatura do acordo de paz que rendeu um prêmio Nobel da Paz ao então presidente Juan Manuel Santos.

A leitura do manifesto “Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer” foi postado em um canal do YouTube. Iván Márquez, vestido de verde militar e com uma arma na cintura, aparecia acompanhado por outro ex-comandante das Farc Jesus Santrich, que está foragido da Justiça.

“Agora o sucessor na presidência da República, Iván Duque, afirma que o que está firmado não o obriga, desconhecendo que o acordo foi firmado com o estado e não com um governo. Um governo que impõe medidas neoliberais, corrupção e guerra entre classes, nos coloca diante de dois caminhos: ou se abre uma recomposição como resultado de diálogo político e da institucionalização das mudanças, resultado de um processo constituinte aberto, ou então essas mudanças serão conquistadas pelo rebentar da inconformidade de todo um povo em rebelião”.

O governo da Colômbia anunciou, no dia seguinte, a morte de nove dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), incluindo um comandante, um dia depois de ordenar uma ofensiva contra um grupo de ex-dirigentes da antiga guerrilha que haviam anunciado o retorno à luta armada.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foi uma organização paramilitar de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista, que operava mediante táticas de guerrilha. Lutaram pela implantação do socialismo na Colômbia e defendiam o direito dos presos colombianos.

As FARC eram consideradas uma organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos Estados Unidos, Canadá e pela União Europeia. Os governos de Equador, Brasil, Argentina e Chile não lhes aplicaram esta classificação e o governo da Bolívia não chegou a dar nenhuma posição oficial, porém o ministro das relações exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, chegou a dizer que o mais importante era trabalhar para ajudar a garantir a paz na Colômbia e na região.

O presidente Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em janeiro de 2008, e apelou à Colômbia, como outros governos, a um reconhecimento diplomático das guerrilhas enquanto “força beligerante”, argumentando que elas estariam assim obrigadas a renunciarem a sequestro e atos de terror a fim de respeitarem as Convenções de Genebra. Cuba e Venezuela adotam o termo “insurgentes” para as FARC. 

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