A Sagres TV (26.1) exibirá, a partir do próximo sábado (4), documentários vencedores do edital “Conexão Juventudes”, realizado pelo Instituto Unibanco em parceria com o Instituto de Políticas Relacionais (IPR) e a Brasil Audiovisual Independente (Bravi).

Ao longo de seis semanas serão transmitidos os filmes que abordam temas relacionados à Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU) e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 4 – Educação de Qualidade.

Os documentários trazem situações do cotidiano de jovens estudantes, principalmente, durante a pandemia do Covid-19. São histórias que mostram a realidade da educação voltada para imigrantes, indígenas e também a chamada afrocentrada, assim como a falta de acesso à internet, violência urbana e dificuldades para compatibilizar emprego e estudo.

Ao todo, a Sagres TV exibirá seis filmes, cada um com 26 minutos de duração, aos sábados, no Cinemateca Sagres Sessão Especial, a partir das 11h15h. A

Confira abaixo a ordem e a data de exibição: 

  • 04 de junho – “Onde aprendo a Falar com o Vento” – MG
  • 11 de junho – “Contraturno” – GO
  • 18 de junho- “desConectados” – PI
  • 25 de junho – “Antes do livro didático, o Cocar” – RN
  • 02 de julho – “Adolescer”- ES
  • 09 de julho  – “Terremoto” – MG

Onde aprendo a falar com o vento

Com produção executiva de Fernanda Salgado e direção de Victor Dias dos Santos e André Anastácio, o filme “Onde aprendo a falar com o vento” mostra a realidade de um grupo de jovens que mora em Oliveira, Minas Gerais.

Entre questionamentos sobre suas origens, a verdadeira história do passado dos negros e a construção de suas identidades, esses jovens conhecem o Reinado, que é uma manifestação religiosa afro-brasileira concebida por negros escravizados e funciona como um espaço de trocas, cura e aprendizado. A manifestação permanece como um festejo importante em diversas religiões do Brasil e preserva os saberes de origem Banto.

Os jovens do filme “Onde aprendo a falar com o vento” carregam o sentimento de não terem escutado as histórias e narrativas de seus antepassados na escola. Muitos deles não se sentiam representados, não tiveram referências do tipo do cabelo, cor da pele, formato do rosto, olhos e boca.

A falta dessa representatividade causava a dificuldade da autoaceitação. Buscar as origens, cultura e tradições dos antepassados os levaram a conhecimentos que só são repassados de geração em geração e que, se não forem preservados, podem se perder ao longo do tempo.

São informações que podem estar mais próximas do que muitos imaginam, como quando uma pessoa fica doente e toma um chá de ervas; quando se aprende que o maracujá tem propriedades que ajudam a relaxar e dormir; que o alecrim melhora a digestão. Esse conhecimento é uma herança dos antepassados dos negros e indígenas e são ensinamentos úteis até os dias atuais. Após anos de estudos muitos já foram comprovados cientificamente.

Veja o Cinemateca Sagres:

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