Junior Kamenach
Junior Kamenach
Jornalista, repórter do Sagres Online e apaixonado por futebol e esportes americanos - NFL, MLB e NBA

Saiba a importância de uma boa rede de apoio durante a maternidade

No programa Tom Maior de segunda feira (2), o tema da vez foi saúde mental materna e a importância da rede de apoio durante a maternidade. Em um bate-papo, três mulheres compartilharam vivências sobre dores, esafios e belezas de ser mãe — e, sobretudo, de não estar sozinha nesse processo.

A escritora Selma Kamenach foi uma das convidadas presenciais e destacou como, em sua época, não se falava tanto sobre apoio emocional às mães. “Na época não existia ainda essa discussão de apoio, não tinha essa conversa. Mas eu contei muito com as minhas irmãs e com meu marido. É importante lembrar que, muitas vezes, a gente foca na criança e esquece da mãe. A maternidade é um processo doloroso”, afirmou.

A psicóloga Jéssica Lopes, também presente no estúdio, reforçou o peso da rede de apoio para a saúde emocional da mulher que materna. “A maternidade começa antes do bebê nascer. Ter esse apoio, desde a gestação, faz toda a diferença. E não é só o cuidado prático com o bebê — é suporte emocional, é acolhimento. Isso muda tudo”, pontuou.

Diretamente de Portugal, a fotógrafa e influenciadora Leila Lossilla emocionou o público com o relato da relação entre seus dois filhos: Victor, de 15 anos, e Kai, de apenas sete meses. Ela viralizou nas redes sociais ao mostrar como o primogênito cuida com carinho e responsabilidade do irmão mais novo.

“Era o sonho do Victor ter um irmãozinho, mas eu não me sentia preparada. Só depois de mudar para Portugal, já com outra estrutura, que o Kai chegou. No começo o Victor ficou assustado, mas ele ficava sempre por perto. Um dia, no meu aniversário, o Kai chorava muito e o Victor disse: ‘Mãe, me dá ele aqui’. Pegou o irmão, foi para a bola de pilates e fez ele dormir. Ali eu vi o tamanho da nossa conexão”, contou, emocionada.

Leila também falou sobre os julgamentos que recebe nas redes por envolver o filho adolescente nos cuidados com o bebê. “Me espanta quando vejo mães achando normal um filho de 15 anos que não sabe fazer nada. Eu quero que meu filho seja funcional, que saiba cuidar da futura família dele”, afirmou. Ela ainda compartilhou que essa postura é reflexo de sua criação. “Meus pais são cortadores de cana, então eu sempre tive que me virar. E sou muito grata por isso.”

A psicóloga Jéssica avaliou como esse tipo de envolvimento pode ser transformador. Para ela, ver um adolescente se disponibilizar para cuidar do irmão mostra que ele está sendo criado com empatia e responsabilidade. Sobre sua virada como criadora de conteúdo, Leila contou que, por muito tempo, tentou se encaixar nos padrões exigidos da internet, até decidir ser ela mesma.

“Eu queria ensinar fotografia, mas tinha que usar blazer, batom, ser perfeita. Eu não sou assim. Um dia, vi meus filhos dormindo juntos e chorei de emoção. Publiquei o vídeo daquele momento e explodiu. Era isso: falar com mães, passar amor, sem roteiro”, disse. A conversa terminou com um lembrete coletivo: maternar é potente, mas não precisa ser solitário. Como disse Selma, “a mulher precisa de apoio, precisa de uma rede preparada para auxiliar”.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar

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