Saúde: segundo mandato de Caiado buscará atendimento básico integral

Foto: Ronaldo Caiado em inauguração de UTI em Uruaçu. (Crédito: André Saddi/SECOM)

Depois de ampliar a estrutura de unidades e leitos, durante os picos da pandemia de Covid-19, o governo de Ronaldo Caiado (UB) planeja avançar no atendimento integral na estrutura básica e preventiva. O atual secretário estadual de Saúde, Sérgio Vêncio, que assumiu em novembro, elabora planejamento para o próximo mandato no grupo de transição e estabelece a meta de “garantir a integralidade do cuidado”.

Balanço da SES aponta que o número de unidades de alta complexidade quase dobrou, saindo de 16, em todo o estado, para 30. Com destaque para seis policlínicas, ao custo de R$ 27 milhões para cada uma, além do Hospital da Criança e do Adolescente e os Hospitais Estaduais de Formosa e Luziânia. De 244 leitos de UTI, Goiás passou a ter 868, entre estruturas da rede própria e co-financiados

Na atenção básica, o governo planeja reforçar a rede de hemodiálise, criar a “Rede de Assistência ao Paciente com Deficiência Física”, e ampliar atribuições orçamento da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUVISA), com descentralização de atividades pelo estado. A intenção dessa última medida é melhorar a cobertura vacinal em Goiás.

“Não só no que diz respeito à covid, mas doenças como pólio e sarampo. É um crime que os pais e responsáveis não estejam se atentando para isso, em prevenir essas doenças”, afirma o secretário Sérgio Vêncio ao Sagres Online.

Saldo Covid

O titular da SES ainda aponta que o governo planeja criar um núcleo de resposta rápida frente à emergências. “É um aprendizado que ficou da covid. De forma inédita para Goiás, nós vamos implementar um consórcio público de macrorregião para transporte sanitário e SAMU”. A ideia é inspirada em ação já realizada pelo governo de Minas Gerais, em parceria com as prefeituras.

“Levar esse auxílio para as prefeituras, principalmente as cidades menores para que o transporte desses pacientes seja efetivo. Porque hoje às vezes eu tenho uma vaga nos hospitais da rede estadual e a prefeitura não consegue levar esse paciente até lá. E isso me impede de utilizar essa vaga”, conta Sérgio.

Novas unidades

Como antecipado pela Sagres, o corte de verba relacionado à redução do ICMS dos combustíveis ocasionou redução de R$ 580 milhões No orçamento da Saúde. A situação deve dificultar a inauguração e operação de novas Policlínicas. O secretário relata que “a Secretaria de Economia está analisando junto com a Saúde se vamos em 2023 fazer só o fortalecimento do que já existe”.

Por outro lado, a gestão tem planos para investir na ampliação da rede oncológica, com a construção do Hospital do Amor, da Unidade Pediátrica do Câncer e conclusão das obras do hospital de Águas Lindas. “Isso vai trazer mais uma quantidade de leitos, cirurgias e consultas importante para a nossa rede”, avalia.

Entre as metas ainda está a finalização do processo de “transformação digital”. O plano é implementar a monitorização automatizada dos contratos das Organizações Sociais que prestam serviço na gestão de unidades. Com a digitalização, os dados referentes ao cumprimento de metas serão atualizados automaticamente. “Isso também inclui o prontuário único do paciente e a automatização da regulação, para que haja o mínimo possível de interferência política nessa regulação”, afirma Sérgio.