O meia Erivelton chegou ao Vila Nova contratado junto ao Fortaleza e, dentre os reforços apresentados pelo Tigrão no início da temporada, foi o único indicado pelo técnico Heriberto da Cunha. O nome do jovem meia de 22 anos estava na lista de reforços feita pelo treinador e passada à diretoria colorada, que, com dificuldades financeiras para realizar grandes contratações, conseguiu atender somente a esse pedido.

Mesmo já sendo conhecido de Heriberto, Erivelton demorou a embalar no Vila Nova e só vem conseguindo se firmar entre os titulares nas últimas rodadas. O jogador participou do meio de campo inicial do Tigrão no último clássico contra o Goiás e foi decisivo no primeiro gol do time, ao iniciar a jogada com ótimo lançamento para Wando. O atacante cruzou para dentro da grande área e Gustavinho concluiu para o gol.

O pouco que Erivelton jogou com a camisa colorada já o fez perceber o tamanho da responsabilidade que é defender o Vila Nova. Com apenas oito rodadas realizadas no Campeonato Goiano, a pressão por resultados é enorme e assustou Erivelton. “Cheguei agora, já conhecia a tradição do Vila Nova mas confesso que não sabia que a pressão era tão grande. A torcida é muito apaixonada e por isso cobra muito, nunca tinha vivido isso na minha carreira”, declara o meia.

Mas, para ele, todo esse clima não influencia no trabalho da equipe e pode, inclusive, servir como motivação para melhorar no campeonato. “As críticas não podem atrapalhar o nosso rendimento, jogador profissional tem que saber lidar com isso. Se estão cobrando é porque sabem que podemos dar mais, e isso serve até de motivação para continuar buscando o caminho das vitórias. O grupo é muito focado e vai saber trabalhar no sentido de evoluir pessoalmente e coletivamente para responder às críticas feitas”, analisa.

Com os resultados do fim de semana, o Vila Nova acabou deixando a zona de classificação às semifinais e caiu para a terceira colocação do grupo B. Os 10 pontos somados até agora, deixa o time ainda distante do grande objetivo traçado pela diretoria: conseguir a terceira colocação e carimbar uma vaga na Copa do Brasil, para retornar à competição nacional. Mas, por outro lado, o risco de rebaixamento também é pequeno, e o time tem situação melhor do que a do ano passado, quando se salvou apenas no último jogo de cair para divisão de acesso.

O fato de figurar no meio da tabela não incomoda Erivelton, que acredita no fortalecimento do grupo e na evolução da equipe ao longo da competição para conseguir o esperado. “O momento não é de desesperar. Só nós mesmos podemos reverter essa sequência ruim e desesperar não vai ajudar em nada. O grupo está mantendo o foco e pensando jogo a jogo para evoluir e atingir o objetivo. Ainda há muita coisa pra acontecer e tenho certeza que o Vila dará a volta por cima”, comenta o meia.