A Secretaria da Saúde, por meio da Central de Transplantes, e em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) reuniu aproximadamente 400 pessoas para o Flash Mob pela Doação de Órgãos, na manhã desta terça-feira (19), na Praça Cívica, em Goiânia. A mobilização instantânea, com o tema Um herói de verdade nunca morre, apresentou coreografia montada pela equipe do Centro Cultural Gustav Ritter e apresentada por 80 cadetes e mais 40 alunos do Centro Cultural.

A coreografia foi finalizada com o pulsar de um grande coração no meio da praça. O objetivo do evento, pioneiro em Goiás, é mobilizar e sensibilizar a população sobre a importância e o valor humanitário da doação de órgãos e tecidos. Segundo dados Aliança Brasileira pela Doação de órgãos e Tecidos (Adote),em Goiás, quase 1.700 pessoas aguardam por transplantes.

“A secretaria tomou essa iniciativa para chamar a atenção para a necessidade de se salvar vidas por meio da doação de órgãos e também por causa do grande número de pessoas aguardando por doação” afirma o secretário da Saúde, Antônio Faleiros Filho. Ele acredita que não há necessariamente uma resistência em relação à doação de órgãos, mas sim um desconhecimento sobre a importância deste ato por parte da população, “daí a importância de mobilizações dessa natureza”, disse ele.

Mitos

“Usar a imagem pública do Corpo de Bombeiros e aliar o nome da corporação a esse ato que salva vidas,” foi a motivação para o apoio ao evento, segundo o comandante geral, Carlos Helbingen Junior. Segundo ele, a doação de órgãos não oferece risco ao doador. “Em caso de doação em vida, o doador não corre o risco de desenvolver nenhuma doença em função disso, também não há a possibilidade de se “apressar“ a morte de um possível doador, uma vez que esse procedimento somente terá início após a comprovação, em laudos médicos, da morte encefálica, e com o consentimento e a autorização dos familiares. Helbingen Junior ressalta que a legislação brasileira é bastante rígida, muita segurança em relação à doação e à retirada de órgãos.

Capacidade ampliada

O gerente da Central de Transplantes de Goiás, Luciano Leão Bernadino, define a campanha como algo inédito em termos de Estado e até mesmo de Brasil. Ele acredita que Goiás tem capacidade e estrutura para atender a um possível aumento no número de transplantes realizados. Atualmente, o Estado realiza transplantes de rins, pâncreas, córneas e medula óssea. Ainda para este ano está prevista a realização de transplantes de coração e fígado. Até abril deste ano o Estado contabilizou 414 transplantes de córneas, 19 de rins, 14 de medula óssea e um de pâncreas.

Do Goiás Agora.