A secretária de Educação de Goiânia, Neyde Aparecida, afirma que o grupo de servidores que está em greve e ocupa a Câmara Municipal é formado por radicais, que segundo ela, inclusive já afirmaram que o movimento não é por melhorias salariais.

Neyde aponta que os grevistas estão trazendo novas reivindicações a cada momento. Segundo ela, o grupo apresentou três pontos à comissão de crise criada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e outros quatro ao Ministério Público.

Segundo a secretária, os líderes da greve teriam pedido a criação de uma comissão permanente para a negociação, o que, segundo ela, foi atendido.

A categoria afirma que a prefeitura não cumpriu os acordos realizados em outubro do ano passado. Neyde desmente e afirma que os pontos que não foram efetivados são aqueles que dependiam de um estudo mais aprofundado e que não foram possíveis de se concretizar como insalubridade, pagamento de vale transporte para servidores administrativos e a mudança de funcionários administrativos para o magistério.

Ouça a entrevista de Neyde Aparecida: {mp3}stories/2014/junho/neyde_aparecida_25-06{/mp3}

Neyde descarta a possibilidade de reajuste neste momento. Ela usa a lei de responsabilidade fiscal para sustentar que a prefeitura não pode conceder aumento salarial a nenhum servidor neste momento. O município já estourou o índice de recursos destinados ao pagamento da folha.

Sobre o corte de pontos, a secretária aponta que a pasta aceita a negociação, desde que os professores reponham as aulas aos alunos.

De acordo com Neyde, imagens do dia da invasão da Câmara, mostram que alguns parlamentares incentivaram os grevistas a ocuparem o plenário da Câmara. “Nós sabemos que quem está dando sustentação é um grupo de vereadores da oposição,” afirma.