A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), Andréa Vulcanis, afirmou à Sagres 730 nesta quinta-feira (4), que a pasta conseguiu estabelecer uma estrutura de planejamento hídrico para o ano de 2020 que diminui o risco de desabastecimento da região metropolitana de Goiânia e Anápolis. “Estamos mais seguros, o risco de desabastecimento diminui, não porque a água tem maior quantidade, mas porque estamos mais preparados para enfrentar uma crise de hídrica”, afirmou.

Ano passado, a redução da vazão do Rio Meia Ponte a níveis críticos fizeram com que a Semad tomasse medidas para regularizar os usuários da bacia. De acordo com a pasta, as primeiras medidas foram o levantamento completo das barragens da bacia e o estreitamento das relações com produtores rurais de toda a região.

“Fizemos toda a regularização dos usuários da bacia, que até então eram todos irregulares e invisíveis, ninguém conhecia, não sabia o quanto consumiam e para que. Fizemos todo o cadastramento das barragens, estamos estabelecendo com cada um dos detentores das barragens os equipamentos para descarga de fundo, ou seja, para que eles garantem a vazão do Rio e tudo isso nos preparou melhor para esse ano”, disse Vulcanis.

Em 2019, o governo publicou o decreto 9.438 que declarou situação de emergência hídrica na bacia do Rio Meia Ponte em 30 de abril. Já o decreto 9.670 considerou situação de risco de emergência hídrica nas bacias do Alto Rio Meia Ponte e do Ribeirão Piancó foi publicado nesta quarta-feira (2) e vai vigorar por 210 dias. A normativa estabelece prioridade para o consumo humano e a dessedentação animal.

O plano de ações foi dividido em três vertentes. O primeiro fará a gestão de recursos hídricos, definindo critérios de restrição de outorga, captação e, caso necessário, suspensão de abastecimento. “Essa é a parte da Secretaria de Meio Ambiente, monitorar e fiscalizar o cumprimento de medidas”, afirmou a titular da pasta.

O segundo eixo é de responsabilidade da Saneago e diz respeito à questão de infraestrutura. De acordo com o documento, incluem a redução das perdas físicas de água na adução e rede de distribuição, apoio às medições telemétricas feitas em pontos de captação de água, aprimoramento dos mecanismos de barragens para o reequilíbrio de vazão dos rios.

Por fim, o terceiro ponto, que é a recuperação da bacia, sob comando da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Medidas de apoio aos agricultores, para melhorar da eficiência de uso da água nas atividades agropecuárias, orientação para o cumprimento da restrição de captação de água, “temos uma estratégia estabelecida que está compartilhada entra a Semad e a Seapa”, disse a secretária do Meio Ambiente.