O secretário estadual de Saúde (SES-GO), Leonardo Vilela, falou nesta terça-feira (21) sobre a situação do Hospital Materno Infantil (HMI). Segundo o titular da pasta, em entrevista à 730, o problema a ser combatido na unidade é a superlotação.

“Há uma superlotação do HMI em virtude do encaminhamento de pacientes do interior. Só na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) chegou a ter 35 recém-nascidos quando a capacidade é para 25”, afirma.

Na semana passada, dois bebês morreram na Ucin vítimas de uma bactéria multirresistente. Segundo Vilela, todos os protocolos foram adotados para garantir a limpeza e a desinfecção da unidade de Saúde.

“Todos os protocolos foram adotados. Medidas de bloqueio, desinfecção, investigação da fonte, todas as providências foram tomadas junto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para abertura de novos leitos de neonatal e obstetrícia, para que não haja sobrecarga e para que a regulação municipal não envie pacientes além da capacidade do hospital”, pontua o secretário.

Leonardo Vilela garantiu que serão contratados novos leitos de um hospital particular que vai atuar em parceria com o HMI para desafogar o atendimento, além de manter prestadores de serviço que haviam encerrado contrato com a unidade.

Uma inspeção feita pelo Ministério do Trabalho nesta semana constatou a existência de mofo no teto da sala de esterilização do HMI, além de poeira nos equipamentos e até insetos mortos próximo aos uniformes e roupas utilizados na UTI. Vilela afirma que não teve acesso ao relatório.

“Não temos conhecimento desse relatório. Foi divulgado pela imprensa e não teve o acompanhamento da nossa equipe. Se tiver algo que precisa de correção, será corrigido”, esclarece.