A proposta de reestruturação da UEG está em debate neste segundo semestre. O projeto recebeu várias criticas por parte da comunidade acadêmica. Em entrevista à RÁDIO 730, o Secretário de Ciência e Tecnologia, Mauro Fayad comentou os problemas da universidade e respondeu as críticas por parte do projeto.
Segundo ele, a Comissão foi criada pelo fato de a universidade ser jurisdicionada à Sectec e devido à sua classificação no ranking das cinco piores universidades públicas do país. “Criamos uma Comissão para fazer um amplo diagnostico sobre a UEG e a partir daí, fazer algumas proposições”.
O secretário avaliou que durante a elaboração do diagnóstico [que teve prazo estendido de 150 dias] foram levados em conta, audiências públicas e estudos de relatórios para depois ser apresentado à sociedade goiana.
“O relatório apresenta sugestões. Caberá ao Conselho Universitário fazer suas avaliações e melhorar ainda mais as propostas que estão contidas nesse relatório”, analisa.
De acordo com Mauro Fayad, é importante que todos os docentes contribuam nas audiências públicas. Sobre as críticas a respeito dos professores contratados provisoriamente, o secretário afirmou que esta é uma das propostas dos próximos anos.
“Uma das propostas é que até 2014, pelo menos 70% dos professores sejam concursados e espalhados entre os diversos campos”, comenta.
Intervenção
Sobre a possibilidade de intervenção na UEG, Fayad garantiu que a Comissão apenas sugere mudanças na organização acadêmica e novas práticas administrativas. “Não existe nada no relatório que mencione intervenção na UEG. Mas caso haja uma incorreção na comissão, os seus responsáveis devem ser penalizados. Isso para todos os órgãos públicos”.
A falta de recursos na instituição também está na pauta do relatório. O secretário afirmou que é preciso ‘saber gastar’. Ele também analisou o repasse de verbas à UEG.
“Desde 2006, a UEG deveria receber 2% da arrecadação do estado e isso nunca ocorreu. Há uma disposição do governador de garantir este repasse. Esses repasses significarão volumes maiores em termos reais ao longo destes quatro anos”, relata.