(Foto: Rubens Salomão / Sagres ON)

Recém-empossado secretário da Educação, Flávio Peixoto disse à Rádio Sagres nesta sexta-feira (13) que há um limite para militarização das escolas estaduais. “Não há possibilidade de montar escola militar em todos os lugares. À medida que for melhorando o sistema tradicional [de ensino] vamos conseguir superar a demanda da população por mais escolas militares”, disse.

Ele observa que os professores das escolas militares são os mesmos da rede pública e que, portanto, a diferença é a disciplina escolar imposta pelos militares. Flávio Peixoto diz ser favorável a todos os métodos que melhorem a educação, mas que a militarização tem de ser dosada.

Flávio acredita que a grande demanda dos pais e alunos por escolas militares está inserido no atual contexto de violência no Brasil o que leva as pessoas a pensar que uma escola militar é melhor que a gerenciada pela Secretaria da Educação. “O que a escola militar nos mostra é que o modelo é bom, mas não precisamos e não vamos militarizar todas as escolas para melhorá-las.”

O novo secretário simpatiza com ideia de colocar organizações sociais na gestão das escolas, projeto do ex-governador Marconi Perillo que não foi adiante por conta de ações judiciais. Flávio é a favor do debate, mas com cautela. “O que não pode é deixar de ser discutido.” Ele afirma que quer entender melhor o processo tocado pela secretaria para iniciar uma discussão. “Não tenho medo de quebrar certos paradigmas”, afirma.

Flávio afirma que a Secretaria de Educação lida com o amanhã, ou seja, a formação dos jovens para o futuro e que isso o estimulou a aceitar o convite do governador José Éliton (PSDB) para assumir a pasta. Ele acha possível “semear” uma ideia em apenas seis meses de trabalho. “A educação é um processo contínuo, e qualquer momento é oportuno para dar continuidade a um trabalho.”

Para Flávio Peixoto, a educação em Goiás está na vanguarda, atingiu um patamar invejável e que essa posição é fruto do trabalho de vários secretários e dos professores da rede pública. “Quando você chega numa situação dessas tem espaço para repensar algumas coisas”, disse. “Estou cortando o que já foi riscado. A equipe da secretaria é muito boa, de alto nível. Os professores goianos são diferenciados.”

O novo secretário admite que há diferenças “de métodos” entre a ex-secretária Raquel Teixeira e seu filho, o deputado federal Thiago Peixoto, que foi secretário da Educação no terceiro mandato de Marconi Perillo. Mas ressalva que ambos “têm o objetivo de chegar no mesmo lugar, a melhoria da educação”.

O secretário disse que a ideia que quer semear na rede estadual de ensino é a aproximação da escola com a comunidade, “romper as paredes da sala de aula, intensificar o contato entre professores e pais de alunos.” Para isso, ele pretende conversar com professores e diretores, para criar um modelo, que pode ser diferente em cada escola.

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