O secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Rafael Nakamura, se mostrou surpreso com a ameaça dos servidores municipais da saúde da cidade de paralisarem as atividades. Os trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho. Em entrevista à RÁDIO 730, Nakamura se defendeu dizendo que a Secretaria de Saúde sempre esteve aberto para negociar com o sindicato.
“Nós fomos pegos de surpresa com essa manifestação do Sindsaúde uma vez que em nenhum momento houve o fechamento das portas para negociação, conforme até nós fomos citados nominalmente pelo Sindsaúde, inclusive é fato de estranheza nossa ela dizer que tirou-se benefícios em troca de algum outro que a gente concedeu”, disse Rafael.
“É importante ressaltar que são todos funcionários efetivos, que são vinculados o trabalho na saúde, mas o vínculo deles é direto na prefeitura, e mesmo eu sendo secretário, o salários deles são vinculados à prefeitura, à Secretaria de Administração, e à Secretaria da Fazenda, e eu sempre me mostrei ao lado pra discussão, dentro da realidade de Aparecida”, reforçou o Secretário.
Apesar dos recursos escassos na prefeitura da cidade, Rafael Nakamura foi otimista ao apontar um futuro para o problema. “Eu acredito, como participei de quase todas as reuniões, que esse impasse pode ser resolvido, e que o Sindsaúde possa também trazer mais pra dentro a discussão desses problemas no sentido de procurar as autoridades, sentar antes de levar isso pra Assembleia, porque quando é levado pra Assembleia, obviamente, as pessoas ficam motivadas a um movimento grevista”, declarou.
Reivindicações não foram apresentadas
De acordo com Rafael Nakamura, uma das solicitações do sindisaúde foi atendida, em relação ao aumento no vale alimentação, entretanto, as demais reclamações ainda não teriam sido apresentadas para a Secretaria. “Foi um aumento percentualmente muito alto (do vale alimentação). Mas o Sindsaúde colocou novamente para que retome o movimento grevista, e essa solicitação eu desconheço, portanto é complicado eu fazer uma proposta sem saber o que eles estão alegando, e sem ter os secretários da Fazenda e da Administração envolvidos”, explicou.
Apenas os agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias ameaçam entrar em greve, o que não afetaria os serviços de emergência. Mesmo assim Nakamura acredita que qualquer paralisação poderia prejudicar muito a saúde no município. “A saúde em Aparecida não foi cuidada da forma adequada nas últimas administrações, então nós trabalhamos no mínimo das estruturas, e no mínimo de funcionários”, concluiu.
