O Secretário Estadual de Segurança Pública, João Furtado Neto, pretende cortar o ponto de policiais civis que aderirem à greve de agentes e escrivães no entorno do Distrito Federal. A categoria reivindica aumento no valor da gratificação por localidade que hoje é R$ 252.
Em setembro, ocorreu uma negociação entre policiais e a secretaria para reajuste em aproximadamente R$ 500 até dezembro. A partir de janeiro, o valor subiria para R$ 800. O projeto para reajuste foi encaminhado à Secretaria da Casa Civil e depois será analisado na Assembleia Legislativa de Goiás.
João Furtado classificou a greve como movimento político. “Essa greve no entorno é uma greve política. Goiânia não está em greve, o resto do Estado não está em greve. É a greve de um sindicato que tem 22 associados. O presidente do sindicato quer ser candidato na cidade de Valparaíso e fica fazendo grevinha de mentirinha toda semana. Entendeu? Eu vou pedir para cortar o ponto. Vou cortar o ponto dos grevistas”, disse.
O presidente do Sindicado dos Policiais Civis de Goiás, Silveira Alves, destaca que apesar de ter filiação partidária, não será candidato.
“Eu firmei a minha filiação partidária junto ao PSB, mas isso não implica que eu estarei candidato porque não tenho intenção política dessa natureza. É muito infeliz a declaração do secretário de segurança, até mesmo porque eu não serei candidato a nada em Valparaíso. Já declarei para a minha diretoria que não serei candidato”, afirmou.
Silveira Alves relata alguns problemas que estão acontecendo em virtude da greve que teve a adesão de papiloscopistas na região.
“Eu estive no IML em Luziânia para ver a quantas andava a situação da greve com a participação dos peritos, médicos legistas e papiloscopistas e auxiliares. Nós tivemos seis homicídios na região do entorno e os corpos, pra não ficar em uma situação difícil para os familiares, foram liberados, por orientação do sindicato. A identificação foi suspensa até que a greve acabe”, declarou Silveira.