O Secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado comentou, durante a posse do novo diretor da Agência do Sistema Prisional, Edemundo Dias, o fato de a justiça ter soltado seis policiais militares investigados pela Operação Sexto Mandamento. Eles foram liberados por falta de prova de acusação.

Estão em liberdade o Tenente Coronel Ricardo Rocha, o Soldado Lourival Torres Inêz, o Sargento Gilson Cardoso dos Santos, o Cabo Éderson Trindade, o Sargento Wanderlei Ferrai dos Santos e o Soldado Francisco Emérson Leitão. Todos foram investigados por fazer parte de um grupo de extermínio que atuava no estado de Goiás.

O Sargento Geson Marques continua preso, pois o Tribunal de Justiça de Goiás não expediu o seu mandado de soltura. O Secretário João Furtado é favorável ao retorno desses militares à Corporação. “Se devem para a Justiça ou se devem a responder processo, isso é uma questão interna da polícia”, comentou.

O Secretário João Furtado destacou que não fará repressão aos militares investigados pela Polícia Federal. Segundo ele, os policiais serão tratados normalmente e sem censura prévia.

“Eu espero uma posição [do Comandante] e não farei nenhuma censura, pois não faz parte do meu perfil censurar pessoas que estão respondendo ao devido processo legal. Serão tratados como pessoas que respondem, mas ainda não tem condenação”, assegura.

A Operação Sexto Mandato foi deflagrada no início de 2011. Na oportunidade, 19 policiais militares foram presos. Foram investigados por simular a ocorrência de execuções como se fossem confrontos com as vítimas. De acordo com as investigações da Polícia Federal, os crimes eram praticados com viaturas da PM e durante horário de serviço dos policiais.

Com informações do repórter Samuel Straioto