O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walison Moreira, afirmou à Sagres 730 nesta sexta-feira (8), que 64% dos estabelecimentos abrem entre 7h e 8h da manhã em Goiânia, mesmo com a recomendação de escalonamento de horários para diminuir as aglomerações no transporte coletivo. Os dados foram confirmados na pesquisa da Sedetec , realizada entre os dias 29 de abril e 06 de maio.

Semana passada, a partir do dia 29 de abril, entrou em vigor o decreto 951, que entre outras medidas, estabelece uma escala de horário de abertura de estabelecimento. O decreto recomendou para as empresas, divididas em 17 categorias diferentes, para abrir entre 5h e 10h da manhã para espalhar o trabalhador no horário de pico, e não ficar abrindo apenas às 7h e 8h da manhã”, afirmou. “O objetivo do decreto é diminuir o contágio do novo coronavírus, principalmente em terminais e pontos de ônibus”.

Walison Moreira considerou que, por ser uma recomendação, não houve adesão das empresas ao escalonamento. “Nossa pesquisa, que contou com a colaboração de 2,4 mil pessoas que responderam a pesquisa, 64% das empresas abrem entre 7h e 8h da manhã. Então significa que o decreto teve uma adesão, a Sedetec vai sugerir para o Comitê de Crise uma revisão deste decreto para poder endurecer mais as medidas e ter uma adesão maior”, completou.

De acordo com o titular da pasta, a primeira medida deve ser a mudança de recomendação, para determinação, além disso, a Central de Fiscalização ao Covid-19 ter o poder de realizar notificações, multas e até mesmo interdições de estabelecimentos que não seguirem os horários estabelecidos no decreto. “É uma sugestão que a Sedetec que vai fazer para o Comitê de Crise”, disse.

Outra medida que deve ser sugerida pela Sedetec ao Comitê de Crise, é a mudança de horários e também de categorias. “Os dados da pesquisa, percebemos que algumas categorias estão obedecendo mais decreto do que outras e, infelizmente, alguns estabelecimentos que não poderiam estar funcionando, acabam colocando trabalhadores no sistema de transporte coletivo”, explicou. “Com essas medidas de ajuste das regras e colocar como obrigatoriedade, esperamos adesão dos empresários e assim consigamos diminuir a probabilidade de contágio no transporte coletivo”.