Neste domingo, voltei a cidade de Catalão para acompanhar mais um duelo entre Crac e Vila Nova no estádio Genervino da Fonseca. Diferente daqueles que já pude ver que o contexto era o campeonato estadual, desta vez, foi mais um duelo por uma competição nacional – os dois se enfrentaram em 2007 pela Série C.
No jogo em abril, o desespero contra o rebaixamento consumia as duas equipes. Ao final do jogo, o Leão do Sul saiu aliviado com a vitória e a permanência. O Tigre da vila famosa ainda respirava e o bom comportamento tático da equipe dava confiança para ficar na primeira divisão.
No duelo de setembro, o Vila era empolgação pela liderança. O CRAC era animação por sair da zona do rebaixamento. Estava a disposição do torcedor, um jogo bem melhor de ser visto. Todo o engano! O time do interior manteve o ritmo. Foi pra cima, deitou em rolou no esquema defensivo de Heriberto da Cunha e criou várias chances. O goleiro Toni salvou de não ser goleado ainda no primeiro tempo. O lado colorado se acovardou. O torcedor sonhou com a vitória, o treinador se contentou com o empate e todos amargaram a derrota.
Sinceramente, pensei muito em como escrever o post desta segunda-feira. Fui buscar em minhas anotações as escalações dos times times da partida do Goianão. Não é possível que a ausência do Diego Barboza seja tão crucial para ver um time tão valente de um lado e um time acovardado num esquema com oito jogadores atrás da linha da bola e três se virando para atacar e recompor.
Crac 3×2 Vila – Vinicius; Arthur, Neto Gaúcho, Victor Sallinas e Alan; Alexandre Carioca, Cláudio, Osmar e Diego Barboza; Elcimar e Marco Aurélio. Técnico: Hermógenes Neto.
Crac 1×0 Vila – Toni, Arthur, Vitor Pio, Victor Cardoso e Leonardo Jesus, Luis Marques, Alisson, Osmar e Wesley; João Sales e Marco Aurélio. Técnico: Heriberto da Cunha.
Mesmo com o resultado, o Toni salvou muito mais o Vila no domingo que o Vinicius no Goianão. Este ainda acabou falhando em um dos gols. Arthur é um dos jogadores mais regulares do Vila na temporada. Vitor Louco não tem o posicionamento do Neto Gaúcho, mas tem tanta disposição quanto. Victor Cardoso é um zagueiro muito mais “zagueiro” que o Sallinas. Alan foi mais perigoso enquanto foi titular, Leonardo oscila demais durante a partida.
No meio, Luis Marques e Alisson estão acima de Carioca e Cláudio. Osmar do estadual está anos luz do Osmar do Brasileirão. Diego Barboza é meia. Wesley é um volante. No ataque, Elcimar e Marco Aurélio botavam medo nos adversários. Hoje João Sales e Marco Aurélio fazem número na ilha ofensiva colorada.
O time do Goianão era pior e jogava mais que o de hoje. Onde está a explicação?
A sequência do Vila Nova terá 3 confrontos diretos, sendo dois deles fora de casa. Já que a diretoria se precipitou em mudar de técnico no início de Agosto, espero que ela não seja omissa diante do fraco desempenho do time, que está se escondendo atrás dos gols de falta, escanteio e pênalti. Exija uma reação de Heriberto da Cunha diante do Madureira, que Osmar vá cuidar do problema clínico no joelho e Marco Aurélio resolva o que tanto tem o atrapalhado. Caso contrário, todos estaremos lamentando em outubro o terceiro ano consecutivo do Vila Nova na Série C do Brasileiro em 2014.
Depois de tantas defesas bonitas, importantes, algumas tão próximas de um milagre, dou todo o meu apoio ao goleiro Toni. O garoto tem sido o diferencial nas últimas rodadas. Falhou feio contra o Crac. Mas nem por isso vou desconsiderar as outras tantas defesas que ele praticou em Catalão.