Maykon Cardoso / Alego
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (PSB), passou a considerar o fim do diálogo interno e a possibilidade de instituir o corte de ponto de deputados que faltarem às sessões ordinárias em plenário. Nesta quinta-feira (27), pela terceira sessão seguida, um dos vetos do governador Ronaldo Caiado (DEM) em pauta não foi votado por falta do mínimo de presenças: 21 dos 41 parlamentares. Durante a sessão chegaram a ser registradas em placar 32 presenças.
Quando o veto ao projeto do deputado Alysson Lima (Solidariedade), que revoga lei estadual que autoriza a concessão das rodovias estaduais, foi colocado em votação, a oposição pediu conferência de quórum e apenas 18 presenças foram confirmadas. O grupo da oposição não realizou o registro para obstruir a pauta do governo.
Diante da terceira sessão seguida com falta de quórum, Lissauer Vieira ameaça tomar medidas mais duras para punir os gazeteiros. “É uma responsabilidade dos parlamentares, cada um tem que ter a sua responsabilidade de estar aqui no horário das sessões, sempre sou cobrado pela imprensa a questão do corte de ponto de deputados, eu nunca cogitei isso, sempre falei que eu preferia o diálogo, mas o diálogo está esgotando”, disse. “Semana que vem se não der quórum novamente, eu vou instituir o corte de pontos dos deputados que não estiverem em plenário”.
Depois das cobranças do presidente, o líder da base governista, Bruno Peixoto (MDB) tentou minimizar o problema. “Em matérias de importância, nós, digo o governo, chamaremos os deputados para análise das matérias. Nós temos um grupo, vários deputados me justificaram a ausência, na próxima terça-feira nós teremos a base completa para apreciação, não apenas este veto, mas também de outros vetos em pauta”, afirmou. “É uma decisão que não deve se tomar individual, tem que conversar com todos os pares, mas eu percebo que há um clima favorável para aprovação do corte de salário com a não justificativa para ausência”.
O corte de ponto na Alego já é regimental. Para executá-lo, bastaria um ato interno de regulamentação por parte da mesa diretora da Casa.
*Reportagem de Rubens Salomão