O prefeito eleito de Senador Canedo Divino Lemes (PSD) concedeu entrevista ao jornalista Cléber Ferreira, da 730, no programa Primeiro Tempo da Notícia, que foi ao ar nesta segunda-feira (12).

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Divino Lemes, que disputou o pleito no município, mas teve a candidatura impugnada por suspeita de crime de improbidade administrativa, falou sobre a vitória que teve após decisão favorável junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em novembro.

“Com a permissão de Deus e ajuda de amigos nós chegamos lá. Foi muito importante para nós a qualidade do serviço jurídico prestado em cima de um bom direito que nós defendemos. É uma causa que a gente não tinha débito, uma situação que acreditamos sempre na nossa inocência e ficou provado, estamos na fase final, e haveremos, com muita humildade, em janeiro, assumir no nosso município”, afirma.

No dia 2 de outubro, por causa do processo na Justiça, o vendedor do pleito foi Zélio Cândido (PSB), com 37,9%, seguido pelo atual prefeito e então candidato à reeleição, Misael Oliveira (PDT), que somou 32,79%. Divino Lemes teve mais votos que ambos, mas com a candidatura impugnada pelo Ministério Público em agosto, não pôde ser declarado vencedor. Lemes comentou a tentativa do pesebista de sustentar o primeiro resultado da eleição.

“Há uma luta de quem esteve para não sair. Acho isso até normal. Só que quem manda é o povo, e a população determinou que a fase dos que estão tentando ficar acabou, e nós vamos ter um novo tempo. Primeiro de tudo agora é planejamento. Temos um tempo curto para iniciar o mandato em função de ficarmos muito tempo presos aguardando decisões. Agora temos que acelerar transição, montagem de equipe e fazer um planejamento mínimo de recomposição das ações da prefeitura”, ressalta.

Menos secretários

O prefeito eleito frisou que haverá cortes em sua gestão. De acordo com Divino Lemes, um dos primeiros passos que vai tomar à frente da município de Senador Canedo é redução do secretariado. Atualmente a prefeitura conta com 17 secretários. Ele afirma que já avisou aos apoiadores de sua candidatura sobre a medida.

“Haveremos de reduzir isso pela metade, oito ou dez no máximo. As pessoas têm que entender. Nós vamos colocar as pessoas a partir do momento em que abrirmos um programa novo. Não vamos botar ninguém para ficar na fila de espera por cheque no fim do mês. Haveremos de coloca-los para o trabalho, para o exercício da função, e vamos priorizar todo centavo que entrar para a prefeitura de Senador Canedo”, pondera.

Mais apoio

Divino Lemes diz que não vai abrir mão de apoio da base na Câmara Municipal. Ele afirma que quer contar com pelo menos 13 vereadores aliados durante a gestão.

“Não é não ter oposição, é ter parceria para o avanço. Tenho falado para meus vereadores que quero apoio, mas um apoio crítico. Não quero ninguém falando que estou bonito, que estou certo. Quero 13 vereadores apoiando o que for bom pra cidade, fazendo a crítica e operacionalizando a democracia”, frisa.

Prioridade

O prefeito eleito diz que a prioridade é sanar o acúmulo de lixo, a limpeza da cidade e o cuidado com a época de chuvas, e que estas ações resultarão podem ajudar a evitar doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti, além de Educação .

“O que me preocupa muito é o acúmulo de lixo, mato e de chuvas. Essa condicionante é horrorosa no sentido de vir as doenças advindas do mosquito. Haveremos de, na primeira semana, limpar a cidade. Em segundo, a questão das matrículas. Não há vagas. Temos escolas de contêiner de metal. Estamos estudando a possibilidade de aditivar estes contratos senão os alunos ficarão na rua e licitar novas escolar para dispensar essa situação de estudar em uma sala de lata”, pontua.