O presidente esmeraldino Sérgio Rassi gostou do que viu na partida deste domingo (1º/11) contra o Internacional, na vitória de virada sobre os gaúchos por 2×1. O resultado manteve o time goiano a apenas um ponto da primeira equipe fora do grupo dos quatro últimos, o Avaí. No entanto, o dirigente, que está à frente do clube deste o início de 2014, não esconde que encerrará o mandato após o término do Campeonato Brasileiro. Conforme já informado em primeira mão pelo repórter André Rodrigues, Rassi confirmou após o jogo em entrevista ao repórter Pedro Marinho que não permanecerá no Goiás.

“Absolutamente não. A minha missão termina aqui no final do ano. Muito desgaste, eu acho que eu tenho que presidir agora a minha vida pessoal, que eu larguei bastante durantes estes dois anos”, afirmou o presidente.

Ao contrário da insatisfação e declarações polêmicas após a derrota vexaminosa para o Figueirense por 3×2, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, o dirigente afirmou que notou a garra e o poder de superação da equipe, mesmo saindo atrás no placar.

“Os jogadores hoje suplantaram, tiveram muita doação. Se aquele dia eu fiquei chateado com o rendimento deles, hoje eu só tenho que enaltecer, foram verdadeiros guerreiros, e eu estou muito feliz. Quem sabe seja o começo de uma reação”, relata.

Foi a primeira vitória sob o comando do novo técnico Danny Sérgio, que havia perdido na estreia contra o Cruzeiro, também no Serra Dourada, por 1×0, em dia inspirado do goleiro Fabio. O presidente do Verdão acredita que é preciso manter o ritmo de jogo nas últimas cinco rodadas para que se mantenham as possibilidades de recuperação e saída do Z4.

“Eu creio que sim, jogamos contra uma equipe muito forte, que é o Internacional. O salário dos jogadores é dez vezes mais do que o dos nossos jogadores, então foi uma doação muito grande, e eu espero que na próxima partida a gente também tenha essa mesma doação”, afirma.

Antes de vencer o colorado gaúcho, o Goiás permaneceu por cinco rodadas sem marcar pontos, sendo quatro delas sob o comando do ex-técnico Artur Neto. Mesmo assim, o time não desgarrou dos concorrentes na tabela, uma vez que as equipes que lutam pela permanência também não vêm fazendo boas partidas.

“Os resultados têm sido favoráveis a nós. Nós precisávamos de uma vitória aos nossos próprios esforços, e quem sabe, a sorte continuando assim e com essa mesma garra, a gente saia dessa situação incômoda”, conclui.

Sérgio Rassi assumiu o Goiás no início de 2014, após a saída do então presidente João Bosco Luz, no final de 2013. Durante seu mandato, fez um trabalho de saneamento no clube, reduziu gastos, equalizou as finanças, pagou dívidas e colocou em dia os salários de atletas e funcionários. Entretanto, no futebol, o retrospecto não foi dos mais positivos. Só em 2015, passaram pelo time cinco treinadores, sendo eles Wagner Lopes, Hélio dos Anjos, Julinho Camargo, Artur Neto e o atual Danny Sérgio.

Em 2014, o Goiás perdeu a final do estadual para o Atlético Goianiense no último minuto, foi eliminado da Copa do Brasil para o Botafogo-PB com um empate e uma derrota, sem ter marcado nenhum gol. Na Copa Sul-americana não passou da 2ª fase, quando perdeu em casa nos pênaltis para os equatorianos do Emelec, além de ficar em posição intermediária no Brasileirão, terminando na 12ª posição sob o comando do então técnico Ricardo Drubscky.

Em 2015, mesmo com a conquista do campeonato goiano, o time não correspondeu ao longo da temporada. Voltou a ser eliminado na Copa do Brasil, desta vez pelo Ituano-SP na 3ª fase da competição, e na Sul-americana, após perder para o desconhecido Brasília em pleno Serra Dourada. Depois de confirmar que não disputará a reeleição, resta à gestão de Sérgio Rassi um último objetivo: tirar o time da zona de rebaixamento e se manter na elite do futebol brasileiro.