O Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos de Goiás que reúne sindicatos de todas as categorias, realiza, vigília nesta terça em frente à Assembleia Legislativa. O objetivo da ação é tentar convencer os deputados a não votarem a favor do projeto do governo estadual que prevê um conjunto de medida para conter a crise.

Entre as propostas estão o congelamento do salário dos servidores por dez anos, a redução de 20% dos cargos comissionados e ainda a transformação da licença prêmio em licença capacitação, em que o trabalhador terá que fazer cursos de aprimoramento profissional por três meses. A presidente do Sintego, Bia de Lima, fala sobre a vigília em frente à Alego.

“Nós estaremos o tempo todo aqui na Assembleia, com a proposta de mostrar aos deputados para que não tomem essas medidas que o governo estadual apresenta. Inclusive nós não conseguimos até agora ter acesso a esse projeto de lei. Qual o objetivo de todo esse mistério, que não quer que as entidades conheçam as medidas que vão inclusive prejudicar nossa categoria”, afirma.

Segundo a presidente do SindSaúde, Flaviana Alves, a categoria também desconhece o projeto de ações proposto pelo governo do Estado. “Nós queremos conhecer esse pacote do governo e não vamos aceitar nenhuma redução de salário, porque viver sem um aumento a gente já está há muito tempo. Agora, reduzir salário com a proposta da previdência é diminuir ainda mais o ganha-pão, de sustentar a família de cada um, de cada cidadão goiano”, pontua.

Já para a vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), Eliete Ribeiro, não descarta que a categoria faça uma greve, caso o projeto de medidas proposta pelo governo seja aprovado na Assembleia.

“Nós queremos saber o que é esse projeto? O quê exatamente vocês estão ainda retirando dos servidores? Estamos cansados, seis anos sem reposição, já congelaram nosso salário há dois anos. E agora, o que mais vocês têm a tirar? Não vamos aceitar isso pacificamente. Estamos até agora conseguindo segurar a categoria em relação à greve, mas daqui por diante quem decide é a categoria, e nós vamos resistir”, garante.

Com informações do repórter Jerônimo Junio