O cantor e compositor Dante Ventura foi o convidado do programa Tom Maior, da Sagres TV, para falar sobre sua trajetória artística e o novo momento de sua carreira. Mais do que apresentações musicais, Dante tem levado mensagens de transformação social e ambiental por onde passa.
“Para mim não tem como desconectar mais. Música, social e sustentabilidade fazem parte da minha vida agora. É um jeito de conectar várias paixões”, afirmou o artista durante a entrevista. Natural de Goiânia, Dante iniciou sua carreira há mais de 20 anos.
Em 2014, partiu para a carreira solo e se mudou para Pirenópolis, onde fundou o Instituto Guardiã do Ser, espaço voltado para projetos sociais, culturais e ambientais. “A gente trabalha com um tripé: arte, social e ambiental. E isso tem norteado tudo que faço, inclusive a minha música.”
No programa, Dante falou sobre o projeto aprovado na Lei Aldir Blanc, que contempla uma série de apresentações e ações educativas em escolas públicas do interior de Goiás. “Serão de cinco a oito shows pelo estado. E ofereci cinco contrapartidas em escolas públicas, como a que fiz em Lagolândia, distrito de Pirenópolis. Foi emocionante. Eu saí de lá com a certeza de que é isso que eu quero para a minha vida.”
As ações com as crianças vão muito além da música. Elas incluem atividades de conscientização ambiental, saúde emocional e autoconhecimento. “A gente começa ensinando a respirar. A maioria das pessoas não sabe respirar corretamente. E a respiração é o primeiro e o último alimento. É automático, mas esquecemos disso. Ensinar isso para as crianças é essencial para que se tornem pessoas melhores e possam cuidar do outro e do planeta.”
Durante o programa, Dante apresentou a música “Slow Down”, uma composição profunda inspirada na morte de George Floyd, em 2020. A canção traz uma crítica contundente à violência, ao racismo e à desconexão humana.
“Essa música foi a que mais demorei para compor. Levei o tempo da pandemia toda. O caso do George Floyd foi o gatilho, mas muitos negros também foram mortos aqui, asfixiados. Eu queria falar do silêncio das pessoas, da fragilidade, da forma como estamos despreparados para enfrentar os desafios. A tecnologia avança, mas a humanidade anda para trás.”
A letra de “Slow Down” é um convite à desaceleração e à reflexão: “Seu preconceito me sufoca, me falta o ar. A cor da minha pele te incomoda, eu sei. A vacina contra o ódio ainda é o amor.”
A conexão com temas sociais e a busca por sentido nas letras são, para Dante, um chamado: “Acho que estamos aqui para isso, para sermos pessoas melhores. A arte pode ser esse caminho.”
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima.
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