Sagres em OFF
Rubens Salomão

Sindicato teme privatização da Saúde em Goiânia, diante de falhas na gestão própria

O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde) realizou novas visitas a unidades de atenção primária da prefeitura de Goiânia e voltou a encontrar falta de profissionais e de insumos básicos para o atendimento a pacientes. A situação verificada, apesar do aviso de que a verificação seria realizada, primeiro no CAIS Campinas e depois na UPA Chácara do Governador, gera o temor entre servidores de que as seguidas falhas na gestão própria da Secretaria Municipal de Saúde possam levar à privatização de unidades.

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“É uma tragédia anunciada”, disse o presidente do sindicato, Ricardo Manzi, durante a última visita. “Temos constantemente apontando a falta de trabalhadores nas unidades, com escalas furadas, incluindo até servidores que já estão de atestado e que, sabidamente, não irão ao trabalho”, afirma a  vice-presidente do Sindsaúde, Néia Vieira, que também aponta falta de medicamentos e insumos básicos para os atendimentos. A Secretaria Municipal de Saúde aponta que as escalas estão completas e que demandas por insumos são atendidas diante da necessidade.

“A nossa pergunta é: será que isso é uma atitude premeditada e proposital para garantir que, daqui a algum tempo, se justifique a entrada da iniciativa privada e das Organizações Sociais, assim como foi feito no estado? Porque a prefeitura inclusive já tentou fazer esse processo de terceirização das unidades de atenção primária e foi barrada em função de ações no Conselho Municipal de Saúde. Mas, realmente, nos choca a inoperância da Secretaria Municipal de Saúde em relação às situações que estamos encontrando”, questiona Néia Vieira.

Foto: Imagens do Sindsaúde em visita à UPA Chácara do Governador.

Cobrança

O Sindicato reafirma que a prefeitura teria condições de realizar novo concurso público para o sistema de Saúde e que os processos seletivos simplificados, para contratação de temporários, não resolve os problemas.

Troca

O governador Ronaldo Caiado (DEM) efetivou a troca no comando interino da Saneago na última quarta-feira (5), segundo confirma a agenda oficial da estatal. O cargo era ocupado pela diretora de Gestão Corporativa, Silvana Canuto Medeiros, durante as férias do presidente, Ricardo Soavinski.

Antecipação

A intenção do governo é se antecipar à possível deflagração de nova operação na empresa, já que a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) tem inquérito aberto para apurar supostas irregularidades no almoxarifado virtual da Saneago.

Propaganda antecipada

O PT pediu ao Ministério Público Federal a investigação sobre uma suposta antecipação da campanha eleitoral e o abuso do poder econômico por Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição neste ano, e solicitou a retirada de outdoors com mensagens favoráveis ao presidente da República. O partido questiona a instalação da propaganda em fazendas na região Centro-Oeste, bancada por militantes bolsonaristas a dez meses das eleições.

Produtores

O principal motivo é a instalação de outdoors com propaganda de Bolsonaro em várias fazendas em beiras de estradas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, com a foto e o nome do presidente e mensagens afirmando que produtores rurais o apoiam.

Economia

Com o preço médio do minério de ferro fechando em torno de US$ 160 a tonelada em 2021, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) teve, pelo segundo ano consecutivo, um salto acima de 50% no ano passado. Goiás ficou em terceiro lugar entre as maiores arrecadações no setor de mineração.

Números

Até o dia 22 de dezembro, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), o recolhimento dos royalties da mineração somou R$ 9,53 bilhões, uma alta de 57% em relação a 2020. A estimativa é que os valores ultrapassem R$ 10 bilhões

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Pará (47,1%) e Minas Gerais (44,6%) foram os estados que mais arrecadaram a compensação. Juntos, eles responderam por mais de 80% do valor. Com R$ 158 milhões, Goiás foi responsável por 1,7% do recolhimento, o que lhe rendeu o posto de terceiro estado maior arrecadador em 2021.

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