As aulas presenciais foram retomadas nas escolas estaduais e alguns municípios goianos estão com data marcada para o retorno no próximo dia 16 de agosto. Em entrevista à Sagres, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirmou que o sindicato buscou junto ao Estado, que o retorno presencial só ocorresse após a aplicação da 2ª nos profissionais da educação, mas que não obteve sucesso.

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“Nós estamos tentando há muito tempo porque entendemos que o momento exige muita cautela, principalmente, em Goiás, porque a Delta está aí amedrontando todos nós e isso exige um zelo ainda maior”, declarou Bia, que ainda comentou que todos os equipamentos de proteção foram disponibilizados pela Secretaria de Estado da Educação de Goiás (SEDUC).

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Um dos pedidos do Sintego para o Governo do Estado, foi para que as escolas estaduais acompanhassem as municipais que só retornam em 16/08. “Esse acompanhamento para que as redes municipal e estadual pudessem seguir juntas, seria também por conta do calendário, porque temos profissionais que atuam nas duas redes, além da questão do transporte escolar”.

Já o diálogo com a prefeitura a respeito da antecipação da 2ª dose, segundo a presidente, tem sido produtivo, com indicações de que os professores serão vacinados antes do retorno em 16 de agosto. “A expectativa é que na próxima semana tenhamos a imunização total da categoria dos profissionais da educação do município de Goiânia. Era isso que eu queria e não tenho tido o mesmo sucesso na busca dessa vacinação com a rede estadual”.

Bia de Lima entende que o esquema vacinal completo é essencial para o retorno, diante da possibilidade de contaminação com a Covid-19 entre professores e alunos. Apesar de afirmar que, talvez, mais algumas semanas não representem grande prejuízo para os estudantes, a presidente do Sintego reconheceu os efeitos do tempo com aulas remotas nos alunos.

“Eu tenho clareza que durante as aulas remotas, mesmo buscando atender os alunos da melhor forma possível, houve sim um grande prejuízo. Agora, a minha responsabilidade é de zelar pela vida dos profissionais da educação e sem a vacinação completa, essa imunização é falha. Essa situação de ir para escola e estar em contato com os estudantes torna o risco maior, com certeza”, declarou.

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A presidente do Sintego ainda fez questão de ressaltar que durante as aulas remotas, os professores continuaram trabalhando para atender os alunos. “Isso é uma das coisas que a gente precisa esclarecer bem, que o trabalho dos profissionais da educação estava acontecendo desde o momento em que as atividades presenciais foram suspensas e o trabalho remoto é muito mais exaustivo”.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: