As aulas presenciais foram retomadas na rede estadual de ensino em Goiás nesta segunda-feira (02). Após um ano e meio de aulas à distância, as escolas reabriram com uma série de medidas de prevenção contra a Covid-19.

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O retorno está sendo realizado com revezamento quinzenal de estudantes e em regime híbrido de ensino. Ou seja, haverá continuidade das aulas remotas para complementar as aulas presenciais. A ocupação das escolas é limitada a 50% da capacidade da unidade, conforme nota técnica nº 8/2021 da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.

Além disso, os estudantes terão a temperatura aferida na entrada das escolas. Dentro das salas de aula os alunos ficarão em posições intercaladas, com um metro e meio de distância e material escolar não poderá ser compartilhado entre os estudantes. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) também vai monitorar a disseminação do vírus e isolar os casos positivos.

A Seduc lançou um Guia de Implementação do Protocolo de Biossegurança e Medidas Pedagógicas para Retorno às Atividades Presenciais. Em 41 páginas, o documento traz informações sobre a organização do espaço escolar e as medidas de prevenção e controle da Covid-19 durante o retorno gradual das aulas.

A secretária da Educação de Goiás, Fátima Gavioli, destacou que confia no trabalho que vem sendo realizado pela pasta.

“As escolas se organizaram e fizeram um trabalho muito bacana. Os gestores e as coordenações regionais atuaram mesmo. Com a Seduc sempre respeitando as normas técnicas do COI e do Ministério da Saúde. Então existe uma expectativa de que haja confiança no trabalho para fazermos essa retomada”, afirmou.

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As unidades também vão adotar protocolos próprios que dependem do tamanho da escola e da quantidade de alunos. As intuições que tem até 100 alunos, por exemplo, não adotaram o sistema de regime híbrido, nessas escolas o retorno será sem revezamento. Segundo Fátima Gavioli, das 1.008 escolas estaduais, 83 têm menos de 100 alunos.

Mas existem ainda outras exceções. Algumas séries também retornam sem revezamento, como explica a secretária de educação.

“Nas demais escolas voltam quem não tem teve conectividade por um ano e meio. Esses voltam todos os dias, sem revezamento. Os alunos cadastrados no Cadastro Único também e, os quintos e nonos anos, e terceiras séries do ensino médio. As demais séries vão entrar no sistema de rotatividade, mas todos passaram pela escolas pelo menos uma vez por semana”, esclareceu.

Apesar de todos os protocolos de prevenção, muitos pais não se sentem seguros com o retorno das aulas presenciais. Fátima Gavioli acredita que essa confiança será conquistada aos poucos. Vale ressaltar que a grande maioria dos profissionais da educação já foram vacinados contra Covid. A secretária ressalta que a pasta vai identificar quem ainda precisa se imunizar.

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“Hoje na Educação temos um número entre 400 e 500 profissionais que ainda não se vacinaram. Tem resistência à vacina, tem resistência à retomada das aulas, mas terá de ser aos poucos para podermos ganhar confiança. A vacinação foi liberada para todos, alguns decidiram não se vacinar e agora nós temos uma semana para identificar essas pessoas e verificar por qual motivos não se vacinaram”, disse Fátima Gavioli.

Desde o início da pandemia, Goiás tem feito investimentos na Educação para diminuir os impactos do isolamento social na vida dos estudantes. Segundo a gestão estadual, já foram investidos R$ 1,35 bilhão de 2019 a junho de 2021, com ênfase na reforma de unidades de ensino, uniforme e material escolar gratuitos para alunos da rede estadual, segurança alimentar e inovação. Este é o maior investimento da história no setor.