Desde 13 de junho de 2019, por determinação do Supremo Tribunal Federal, discriminações por orientação sexual e identidade de gênero são consideradas crimes no Brasil. Por meio disso e também seguindo instruções da Fifa, o STJD publicou um comunicado na última segunda-feira (19) recomendando para que a comissão de arbitragem e os delegados das partidas relatem a partir de agora casos de homofobia nos estádios.

Procurado pela a reportagem das Feras do Kajuru na Rádio Sagres a respeito do assunto, Ecival Martins, presidente executivo do Vila Nova, mostrou insatisfação e afirmou que “estádio não é igreja. A melhor forma de punir racismo e homofobia é não dando atenção para ela”. Segundo o dirigente, “isso não tem controle, faz parte da cultura. O STJD, com todo o respeito, precisa ajudar a melhorar o futebol brasileiro não com esse tipo de medida”.

Ecival Martins (Foto: Douglas Monteiro/VNFC)

“Quem disser que não (participou) está mentindo e sendo hipócrita. As pessoas precisam saber a conviver com as diferenças e os diferentes precisam saber que, dentro de um mundo e contexto, vai ser tratado diferente e precisa ter autoestima para superar isso”, confessa o presidente colorado, sobre já ter participado ou não de manifestações homofóbicas em seus tempos de arquibancada.

Em junho, Paulo César Salomão Filho, presidente do STJD, anunciou que punirá os clubes com multa ou perda de pontos devido a gritos discriminatórios. Ecival destaca que o órgão “tinha que assumir a presidência do Brasil, fazer um decreto para isso acontecer e colocar pena de morte para aqueles que descumprissem. Temos que ser realistas e falar a verdade. Tem que parar de ficar inventando situação e querer que os clubes paguem a conta”.

Já o Procurador Geral da entidade, Felipe Bevilacqua, recomendou que clubes e federações realizem campanhas de conscientização com atletas e torcedores. “Nós podemos fazer (campanhas), o problema é que nenhum jogador e dirigente se dirige dessa forma publicamente. O problema vem das arquibancadas. Como vamos ter controle sobre as pessoas se não temos sobre a violência, que é muito mais grave?”, ressalta o dirigente do Vila Nova.

Confira as declarações dos presidentes dos clubes goianos a respeito do tema

{source}<iframe width=”100%” height=”166″ scrolling=”no” frameborder=”no” allow=”autoplay” src=”https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/670482776&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true”></iframe>
{/source}